As Nações Unidas abrem nesta segunda-feira a Semana de Proteção dos Civis. Em sua sexta edição, o evento de 22 a 25 de maio, reúne agências da ONU e organizações parceiras incluindo a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho além de representantes da sociedade civil.
Para a secretária-geral assistente do Escritório de Assistência Humanitária da ONU, Ocha, o mundo precisa de mais ação para evitar crises e tragédias.
Temas do terreno
Joyce Msuya afirma que a melhor maneira de proteger os civis é prevenindo os conflitos.
Ainda nesta segunda-feira, será apresentado o Relatório sobre Proteção de Civis do secretário-geral da ONU, António Guterres. A Semana é coordenada pela Suíça, que está ocupando a presidência rotativa do Conselho de Segurança neste mês de maio. O evento também conta com a coordenação da Bélgica e da Comissão Internacional de Resgate/Civic.
O objetivo da Semana é dar voz a todas as pessoas afetadas por conflitos armados assim como se tornar um canal para que os temas do terreno sejam considerados nas discussões de políticas.
Em 1999, o Conselho de Segurança da ONU formalmente reconheceu a proteção de civis como uma matéria de paz e segurança internacional ao adicionar o tema à sua agenda com a resolução 1265.
Crianças com deficiência em conflitos
Desde o Debate Aberto anual do Conselho de Segurança sobre o assunto, os países-membros têm a chance de avaliar suas políticas para melhorar a proteção de civis no terreno e adotar várias resoluções.
Durante esta semana, vários debates sobre proteção de mulheres e sobreviventes de violência sexual e de gênero, assim como o futuro das missões de paz no mundo serão realizados com agências e entidades parceiras.
Ainda este ano, as operações de paz da ONU marcam 75 anos de atuação. Um dos objetivos de missões de paz pelo mundo é a proteção de civis num contexto de conflito e pós-conflito. Outro tema é a resolução 2475, do Conselho de Segurança, que trata da proteção de crianças com deficiências em conflitos armados. Uma mesa redonda tratará do papel de mercenários e empresas privadas de segurança militar e da proteção de explosivos em áreas densamente povoadas.
Outros eventos devem focalizar no ataque a instalações de saúde em áreas de conflito e como prevenir crises no futuro.
Um debate sobre o impacto da desinformação e das informações falsas sobre os civis, um intercâmbio entre boinas-azuis e humanitários está sendo organizado pelas Missões do Brasil, da Alemanha e de Gana na ONU.
Fonte: Organização das Nações Unidas