A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, recebeu apenas 2% dos US$ 116 milhões necessários para apoiar cidadãos somalis abrigados na Etiópia. Riscos de ataques e exposição à insegurança levantam maior preocupação das instituições de ajuda.
De acordo com a entidade, o país anfitrião, que já encara várias emergências, acolhe novos deslocados e vive um cenário de sofrimento causado pelas secas contínuas.
África Oriental
De acordo com o Acnur, as necessidades dos deslocados são, cada vez, maiores em toda a Etiópia. Para atender os recém-chegados, a agência está remanejando fundos que garantam a resposta aos somalis.
Um total de 100 mil pessoas já fugiram do conflito e da violência em Laascaanood, uma cidade da área da Somalilândia.
Várias famílias seguem deixando o local apenas com o que podem carregar. Recentes bombardeios e explosões destruíram casas e forçaram as pessoas a buscar segurança na área etíope de
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Medicamentos, água e outros suprimentos
As ações do governo etíope são apoiadas com itens essenciais básicos como medicamentos, água e outros suprimentos entregues a clínicas locais.
A meta também é garantir ajuda para comunidades anfitriãs, que abrigam cerca de 80% de todos os somalis.
Alguns deles estão morando debaixo das árvores e correm risco de ataques de animais, roubos e atos de violência de gênero. Os somalis têm necessidades que incluem abrigo, comida e atenção médica.
Outro alvo de atenção são cerca de 200 mil somalis transferidos para um novo local em Mirqaan que precisam de água, abrigo de emergência e saneamento.
O apoio do Acnur envolve ainda ajuda ao Serviço de Refugiados e Retornados no registro biométrico dos somalis.
Fonte: Organização das Nações Unidas