A utilização do cinto de segurança no trânsito ajudou a reduzir o número de ferimentos fatais em 45% a 50% para condutores do veículo e passageiros que se sentam na frente.
Em caso de desastres, pessoas que se sentavam no banco de trás, tiveram risco de morte e ferimentos sérios reduzidos em até 25% por estarem usando o cinto.
Melhor dispositivo do veículo
Todos os anos, 1,35 milhão de pessoas perdem a vida nas estradas.
Os dados são da Organização Mundial da Saúde, OMS, que marca os 50 anos da lei de obrigatoriedade do cinto de segurança.
As especificações técnicas e instalação são originárias da Regulação da ONU, de número 16, que entrou em vigor em 1970. A partir daí, foi aumentando o número de países que adotaram a lei de obrigatoriedade do cinto no trânsito.
Desde então, milhões de vidas foram salvas e 105 países têm legislações, como informa o Relatório Global sobre o Status da Segurança nas Estradas.
A Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa, Unece, abriga o escritório do enviado especial do secretário-geral sobre o tema, Jean Todt.
A agência afirma que o cinto de segurança continua sendo o melhor dispositivo do veículo para proteger passageiros.
Grécia teve redução de 63% em mortes
Nas últimas décadas, as regulações e a demanda dos consumidores levaram a um aumento de carros seguros em países de renda alta, e assim a menos mortes no trânsito.
O número de acidentes fatais caiu 15% entre 2010 e 2019.
Em países como Grécia, a redução foi de 63% entre 2010 e 2019. Já na Coreia do Sul, a queda ficou em 51%.
A redução das mortes no trânsito até 2030 pela metade é a meta 6 do Objetivo 3 de Desenvolvimento Sustentável sobre Saúde e Bem-Estar.
Dentre os países que notificaram uma redução de mais de 30% no número de mortes estão: Argentina, Austrália, Portugal, Espanha e Suécia.
A OMS afirma que um total de 93% das mortes nas estradas ocorre em países em desenvolvimento.
O enviado especial da ONU, Jean Todt, diz que o trabalho a ser feito agora é diretamente com governos e com partes interessadas e indústrias para garantir que o nível de segurança no tráfego seja o mesmo em qualquer parte do mundo.
Marca de aprovação
Para isso, os países precisarão adotar legislações e implementá-las, além de produzir material de qualidade e seguro.
A Regulação 16 da ONU é a única reconhecida internacionalmente para o uso de cinto de segurança. Ela define os requisitos para um cinto de segurança efetivo que passe em testes de certificação garantido a segurança de todos os ocupantes do veículo desde crianças a idosos.
Essa regulação exige que o cinto tenha uma marca de aprovação na lingueta da fivela enquanto outros modelos têm que mostrar um E maiúsculo seguido de um número que representa o país certificador.
França, Portugal e China
Cintos de segurança que passam por este crivo são testados sob condições rigorosas.
Atualmente, 52 países subscreveram ao Acordo sobre Harmonização Técnica e de Regulações da ONU para Veículos sob Rodas, de 1958, e aplica, a Regulação 16 como lei nacional.
Dos países que aderiram a Regulação da ONU Número 16 após a aprovação em 1 de dezembro de 1970 estão França em 1973, Portugal em 1978 e China em 1993.
Fonte: Organização das Nações Unidas