Sua mãe Yuri e o pai Kaneo Shiozaki vieram para o Brasil no ano de 1928 com um sonho, assim como outras pessoas que vieram do Japão: ganhar bastante dinheiro e depois retornar ao país de origem. Infelizmente foi um sonho frustrado, pois infelizmente não conseguiram guardar dinheiro e começaram a trabalhar com plantio de café. Afonso Shiozaki nasceu em Duartina, no interior de São Paulo. Seus pais tiveram nove filhos, sendo que ele é o caçula da família.
Em 1965 veio com a família para Maringá, estudou no colégio Vital Brasil e fez curso técnico de administração no Instituto de Educação.
E aos 17 anos conseguiu seu primeiro emprego no Posto Transparaná, onde começou como frentista e como chamou a atenção da diretoria, logo foi promovido a gerente de vendas, ficando 24 anos nesta empresa. Chegou a ganhar vários prêmios (moto e carro) pelo bom desempenho com as vendas de veículos da marca Chrysler e também tratores da Massey Ferguson.
Conheceu a esposa Eliza Mitie Shiozaki no ano de 1968 em um grupo de jovens na antiga Socema (atualmente Acema), em um grupo de jovens seinenkai nishi honganji, onde participavam do evento Bom Odori, dança folclórica do Japão. E foram quase seis anos de namoro até que se casaram em dezembro de 1975 na Catedral de Maringá.
De acordo com Eliza Mitie, o esposo sempre foi dedicado e companheiro. “Nesses 46 anos em que estamos juntos meu marido sempre buscou o melhor para a nossa família e mesmo que o assunto fosse ligado ao trabalho dele, sempre buscou saber a minha opinião antes de tomar uma posição. Somos parceiros de vida, respeitando muito a individualidade de cada um”, disse.
Desta união nasceram os filhos: Afonso Akeo (médico), Elaine Mari (agrônoma) e Marcos Paulo (professor e psicólogo), todos formados pela universidade estadual de Maringá (UEM).
“E a família cresceu com a chegada dos netos: Mahara, Nicolas, Mariana, Matheus, Felipe e Benjamin. São a nossa maior alegria”, afirma Shiozaki.
Para o filho mais velho Afonso Akeo, o pai é um exemplo de integridade, honestidade e esforço. “Não precisou dar sermões ou lições de moral em casa. O seu exemplo do dia a dia, de dedicação ao trabalho, de respeito a minha mãe, eram suficientes para nos educar”, disse. Ele lembra que ele e os irmãos aprenderam na prática que com esforço e trabalho também poderiam vencer na vida, como ele venceu.
Acema
Afonso Akioshi Shiozaki está há 11 anos na presidência da associação cultural e esportiva de Maringá (Acema) que desde 2020 deixou de realizar o festival nipo-brasileiro devido à pandemia. O evento chegava a receber cerca de 90 a 100 mil visitantes no período de dez dias, com apresentações musicais, danças folclóricas, gastronomia japonesa, feira de produtos e serviços, etc. A acema possui 22 departamentos em uma área de 15 mil metros. Nos dias atuais realiza promoções de feijoada, yakimeshi e yakisoba para angariar fundos para a manutenção da entidade.
“Os eventos no geral precisam de público e a nossa esperança é de que a partir de outubro, assim que todos já tenham tomado as vacinas, possamos voltar a realizar o nosso festival nipo brasileiro”, afirma.
Ambiente profissional
No ano de 1989 passou a trabalhar na diretoria da Cocamar, onde permanece até os dias atuais. E há quatro anos é presidente do sindicato das empresas de transportes de cargas e logística de Maringá (Setcamar). Entre outras atividades como: presidente do Parque do Japão (há quatro anos) e também atua com o trabalho social do Lar escola da criança como vice-presidente, chegando a atender cerca de 600 crianças. Atualmente Afonso Shiozaki é vice-presidente da da associação comercial de Maringá (ACIM).