As hortas comunitárias, projeto desenvolvido pela prefeitura de Maringá desde o ano de 2007, é responsável pela produção de alimentos orgânicos saudáveis e geração de renda para 1.200 famílias maringaenses (incluindo os distritos de Floriano e Iguatemi).
Durante as palestras na semana do meio ambiente, organizada pela prefeitura de Maringá no canal do YouTube, foram apresentados os resultados e a forma de atuação das hortas. No ano de 2020 verificou-se que as 39 hortas instaladas produziram 800 toneladas de alimentos sem fertilizantes químicos. Ao todo são 110 mil metros quadrados de área verde, em que são produzidos alface, almeirão, salsinha, cebolinha, entre outros.
De acordo com a engenheira agrônoma Sami Messias, a produção é contabilizada de acordo com a área produzida, quantidade de mudas e o espaçamento nos canteiros. “O projeto atende prioritariamente pessoas em situação de vulnerabilidade, cadastradas no centro de referência de assistência social (Cras) da secretaria de assistência social e cidadania (Sasc), mas também está aberta ao público em geral. Os interessados precisam se dirigir à horta comunitária, preencher um cadastro diretamente com os gestores do local e aguardar uma lista de espera”, explica. Cerca de 80% dos agricultores é composta por idosos e aposentados na faixa etária entre 70 e 80 anos.
“Realmente é uma contribuição para a qualidade de vida destas famílias, pois eles consomem o que produzem, vendendo o excedente. E ao invés de ficar na casa dele, com a baixa estima e às vezes ocioso, passa a ter contato com outras famílias, socializando, trocando experiências e criando laços de amizades”, afirma Francisco Favoto, secretário de trabalho, renda e agricultura familiar.
Antes da pandemia eram realizados seminários, visitas semanais regulares, viagens e vários encontros com o departamento de agronomia da universidade estadual de Maringá (UEM), porém a engenheira Sami Messias continua a assessoria técnica por meio de vídeos para os agricultores que tiverem alguma dúvida.
Para o presidente Aroldo Bartmanovicz, da horta comunitária do Jd. Diamante, cada família pode ter até dois canteiros. A horta tem quase 2 mil metros quadrados, integrando 40 famílias. “O que a gente produz nós consumimos e sobra uma boa porcentagem que pode ser vendida para a vizinhança e amigos”, disse. Os alimentos cultivados são vendidos a preços acessíveis entre R$1 e R$3. A inscrição do canteiro é feita na própria horta e o grupo de gestores (presidente, vice-presidente, secretário e tesoureira) analisa a lista de espera e a necessidade das famílias interessadas.
“Nós trabalhamos pra valer pra manter as hortas funcionando em dia. Existem as manutenções pequenas que precisamos fazer com urgência: caixa d’água que fura, regadores reforçados, ferramentas que quebram e como não podemos usar agrotóxico temos que fazer caldas para passar nas plantas e matar as pragas”, relata Aroldo.
Em Maringá existe uma central de compostagem da secretaria de trabalho, renda e agricultura familiar, que produz cerca de 900 toneladas de composto orgânico, utilizado para auxiliar no plantio, sendo ele: bagaço de cana, folhas de árvores, esterco bovino, palha de milho, etc.
Duas novas hortas serão construídas até 2022, no Parque Residencial Andréa e Jardim São Clemente. Estuda-se uma terceira horta para o Jardim São Silvestre.
Cada horta possui o seu horário de atendimento nos períodos da manhã e tarde, de domingo a domingo. Os endereços e nomes dos responsáveis pelas hortas podem ser encontrados por meio do link.