Apicultura: uma alternativa na fonte de renda familiar

A atividade possui riscos, sendo necessário saber a biologia das abelhas e conhecer as técnicas que podem incentivar na produção do mel e derivados

Apicultura: uma alternativa na fonte de renda familiar

Foto: redação

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No último dia 22 de maio comemoramos o Dia do apicultor, no mesmo dia de Santa Rita de Cássia, padroeira dos apicultores. Esse dia foi instituído para homenagear os profissionais que manejam abelhas, com fins comerciais (ou não), para a produção de mel, própolis, geleia real, cera e também podem ser utilizados em laticínios, na medicina, cigarros etc.

O papel do apicultor é muito importante para a economia do país. Homens e mulheres que trabalham nesta profissão são como protetores desses insetos, que são importantes para o desenvolvimento da natureza, pois são responsáveis por 80% da polinização dos vegetais, de acordo com a Cooperativa Nacional de Apicultura. O nome apicultor tem origem devido ao gênero das abelhas (Apis melífera), ou seja, abelha-europeia ou “com ferrão”.

As atividades deste profissional vão além da criação das abelhas e manejo das colmeias. O apiário precisa ser instalado de forma cautelosa em local seguro e com boas floradas, a fim de garantir proteção às pessoas que moram ou trabalham próximo, evitando possíveis ataques. Mas o mais importante é compreender o comportamento das espécies, biologia do inseto e saber as técnicas da apicultura que possui rentabilidade e retorno financeiro, assim como em outras áreas da agricultura, impulsionando o desenvolvimento da economia local e gerando empregos.

 

E você sabia que a empresa líder em exportação de mel no Brasil é de Maringá?

Então para homenagear todos os apicultores do Brasil hoje vamos contar a história do zootecnista e empresário Carlos Alberto Domingues, proprietário da Supermel que foi considerado em 2020 o maior exportador do produto no Brasil, de acordo com o balanço do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Domingues nasceu em Apucarana, mas se considera maringaense de coração, pois mora na cidade desde 1983, ano em que ingressou no curso de zootecnia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ele começou a produzir e vender mel para amigos, alunos da universidade, professores, feiras e para o atacado em Campo Grande, onde seus pais moravam. Desta forma encontrou uma maneira de complementar a renda e auxiliar nos estudos. Na sequência Carlos conheceu a sócia Maria Alcy Diamante e ambos passaram a trabalhar para o fortalecimento da empresa em todo o país.

As vendas cresceram tanto que em 1994 nascia o apiário Diamante Comercial Exportadora, conhecida como Supermel, que atualmente conta com 30 colaboradores diretos e 30 indiretos. “Hoje a nossa empresa tem 2 mil apicultores parceiros, compreendendo um total de 10 mil pessoas que dependem diretamente da nossa produção. Estamos presentes em mais de 12 países da América do Norte, Ásia, Europa e Oceania. Atualmente operamos em torno de 10 mil toneladas por ano, que equivale a 25% da produção nacional, com mais de 200 mil colmeias certificadas”, disse Carlos Alberto.

E o produto é enviado para Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra e países da Ásia e Oceania. Segundo ele, a Supermel teve 30% de aumento na demanda devido à pandemia, pois muitas pessoas passaram a consumir o produto para aumentar o sistema imunológico. Já a produção nacional abrange as filiais que estão nos estados do Ceará, Maranhão e Piauí. Todas com foco no mel orgânico, livre de agrotóxicos.

De acordo com o Dr. Fábio Branches Xavier, especialista em saúde pública com doutorado em doenças tropicais, o Brasil possui uma flora diversificada devido ao clima tropical e, portanto temos um grande potencial apícola que permite produção de mel durante o ano todo. “É um alimento de excelente valor nutritivo, com propriedades terapêuticas, indicado para sarar fadigas mentais e físicas, agindo com atividade antimicrobiana, antioxidante e também pode ser usado no tratamento da tosse”, afirmou ele.

 

Principais classes de abelhas

Segundo a Embrapa, uma colônia de tamanho grande compreende uma rainha, cerca 400 zangões e entre 5 mil a 100 mil operárias. Dentro da sociedade em que vivem, de forma cooperativa, cada uma tem a sua função para a organização do enxame e elas são divididas em três classes principais: as operárias, que providenciam a alimentação, a rainha que põe os ovos e mantém  a ordem social na colmeia e o zangão, que tem a função de fecundar a rainha.

Hoje as abelhas são criadas preferencialmente em caixas de madeira removíveis, onde as operárias constroem os favos. Com o néctar e pólen coletados das flores esses insetos produzem o mel, assim como cera, própolis e geleia real que é consumido por grande parte da população mundial.

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