Diretores da Associação Maringaense LGBTQIA+ se reúnem na próxima terça-feira, 7, para ultimar detalhes da 11ª Parada LGBT de Maringá, que acontece no próximo dia 19, a partir das 12 horas. Caravanas de mais de 20 cidades do Paraná e São Paulo já confirmaram presença, mas a quantidade de caravanas pode aumentar.
Uma das novidades em relação às últimas edições é que neste ano a Parada não fará sua tradicional passagem pelas principais ruas do Centro da cidade. “Todos os anos fazemos nossa concentração na Praça Deputado Renato Celidônio e depois seguimos em vários carros para o lado do estádio, mas neste ano, devido à construção do Eixo Monumental, a praça está em obras. Aí decidimos realizar todo o evento em um mesmo local, que será a área entre o Estádio Willie Davids e a Avenida Herval, onde tradicionalmente acontece a Feira do Produtor”, explicou a presidente da Associação Maringaense LGBTQIA+, Margot Jung.
A parada gay de Maringá é uma das mais importantes do interior do Brasil. Além de momentos de diversão, o evento é também um espaço para discussão sobre preconceito, mercado de trabalho e LGBTfobia. É também um evento turístico, já que muitos participantes virão outras cidades e até de outros Estados.
Durante a concentração, acontecerão apresentações musicais, performances de drag queen, DJs e outras manifestações artísticas.
Cresce número de pré-candidatos LGBTI+
O primeiro boletim do Programa Voto Com Orgulho, que mapeia pré-candidaturas LGBTI+ nas eleições municipais deste ano, divulgado nesta semana pela Aliança Nacional LGBTI+, cadastrou 150 pré-candidaturas em todo o país, sendo 132 de pessoas LGBTI+ e 18 de pessoas ligadas à causa. Dos 150 pré-candidatos, 147 são para vereadores e três para prefeito.
O crescimento é grande em relação às últimas eleições municipais. Na parcial da pesquisa em abril de 2020 os pré-candidatos que se delcaravam gays não chegavam a 30.
Em Maringá, apenas um candidato se declara abertamente gay: a professora Margot Jung, presidente da Associação Maringaense LGBTQIA+ e militante da causa LGBT há muitos anos. Ela é pré-candidata a vereadora. “Por enquanto eu só sei de mim. Sempre tem alguns declarados, outros nem tanto, mas sempre tem, né”, brinca.
O diretor de Políticas Públicas da Aliança Nacional LGBTI+ e coordenador geral do Programa Voto Com Orgulho, Cláudio Nascimento, diz que o programa objetiva estimular maior representatividade de pré-candidaturas LGBTI+ nas eleições, de caráter suprapartidário. “Não temos preferência por nenhum partido, porque é um trabalho não governamental, e entende que cada um se organiza do jeito que achar melhor”.
Veja também