Entidade de proteção à maternidade e à infância lança campanha contra a violência sexual infantil

APMIF São Rafael lançã campanha contra violência sexual infantil

A campanha foi realizada pela primeira vez no ano passado Foto: Arquivo

Pelo segundo ano, a entidade busca debater o tema, conscientizar a população e propor medidas de proteção a crianças e adolescentes
Assessoria

 

Segundo dados do Instituto Liberta, organização social que atua no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, a cada 24 horas, são registradas cerca de 320 vítimas no Brasil. Esta realidade faz do país o segundo colocado no ranking mundial e deixa marcas profundas na vida das vítimas, já que, além de estupros, sofrem espancamentos e estão expostas ao álcool, drogas e infecções sexualmente transmissíveis.

 

Para promover o debate sobre o assunto, pelo segundo ano consecutivo, a Associação de Proteção à Maternidade, à Infância e à Família de Maringá (APMIF) São Rafael, junto com diversos parceiros, realiza a campanha ‘Fazendo a Diferença’, que acontece durante o ‘Maio Laranja’, mês de combate à exploração sexual infantil.

 

Segundo a entidade, que neste ano também desenvolve a campanha nos estados de Santa Catarina e Pernambuco, no Paraná, entre os anos de 2022 e 2023, houve um aumento de 620% nas denúncias de casos de exploração sexual infantil. Em Santa Catarina, estima-se que a cada quatro horas uma criança de até 11 anos é vítima de abuso sexual e em Pernambuco, estima-se que aproximadamente 20 mil meninas estiveram em cenário de exploração sexual comercial em 2022, somente na região metropolitana de Recife.

 

No entanto, segundo Rosane Marta Baptista Marques, Gestora da São Rafael, acredita-se que estes números representem apenas 10% dos casos. “Infelizmente, despertar a população para a importância da denúncia ainda é um grande desafio, por isso, este é o nosso principal objetivo com a campanha”, afirma. Em Maringá, o lançamento oficial será no dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, mas a mobilização já começou nas redes sociais, em outdoors, banners e cartazes espalhados pela cidade.

 

Com a frase ‘Crédito disponível para investimento – Retorno Imediato’ e a exibição de um QR Code, a campanha quer despertar a curiosidade das pessoas e depois direcioná-las para uma plataforma de conscientização sobre o tema. “Queremos transmitir a mensagem de que cada vez que nós investimos tempo para ouvir e validar a fala de uma criança ou adolescente, uma rede de proteção e segurança se estabelece”, diz.

Foto: PMM

As atividades da campanha seguirão de forma permanente pelos próximos meses, mas a programação será mais intensa durante o mês de maio com palestras em escolas e ações de conscientização em eventos, sempre contando com o apoio de influenciadores digitais. A abertura, no dia 18, será direcionada para representantes de organizações sociais que aprenderão ferramentas práticas para atuar no enfrentamento ao abuso sexual infantil.

 

Clique no link e veja o vídeo da campanha: https://1pg.link/fazendoadiferenca

 

 

Sobre a APMIF São Rafael

 

A APMIF São Rafael é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) sem fins lucrativos que atua no exercício da cidadania, promoção e proteção dos direitos de crianças e adolescentes, em especial aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

 

Fundada em 2004, a entidade desenvolve iniciativas que buscam garantir a qualidade de vida e a promoção da saúde por meio do acesso a serviços multidisciplinares especializados, como Pediatria, Fonoaudiologia, Oftalmologia, Psicologia, Psiquiatria, Nutrição, entre outros. Em 19 anos de história, a São Rafael contabiliza mais de 82 mil atendimentos e mais de 7 mil crianças e adolescentes beneficiados.

 

Com o ‘Programa Fazendo a Diferença’, que existe desde 2016, foram realizados mais de 6 mil atendimentos especializados a mais de 460 vítimas de violência sexual. Este trabalho rendeu à entidade o Prêmio Criança ABRINQ 2022, já que a atuação é referência no Paraná por oferecer atendimento para vítimas de violência sexual de forma gratuita e contínua.

 

 

 

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