Afastado da função desde setembro do ano passado, quando se tornou alvo de investigação sobre prática de assédio sexual contra uma subordinada, o comandante do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Sandro Rodrigues Geraldo, é agora réu na Justiça, que aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná.
Na decisão, o juiz Leandro Leite Carvalho Campos cita que o réu responde por assédio sexual, além de prevaricação, por praticar contra disposição legal com o proposito de satisfazer interesse pessoal.
O tenente-coronel Geraldo é morador antigo em Maringá, fez carreira no Corpo de Bombeiros de Maringá e já comandou o Grupamento de Paranavaí antes de assumir o de Maringá, quando também foi promovido de major a tenente-coronel.
A denúncia de assédio sexual diz respeito a atos que teriam sido praticados pelo comandante entre abril de 2022 e julho de 2023. Ele teria enviado mensagens por um aplicativo de texto a uma tenente do quartel de Maringá, sugerindo o envolvimento sexual entre eles.
Nas mensagens, o comandante chega a desabonar o noivo da moça e, após o casamento dela, ele faz menção à formação de um trisal, que é um relacionamento não monogâmico entre três pessoas.
A defesa do tenente-coronel, por meio do advogado Effrey Chiquini, afirma que a acusação é caluniosa e que aconteceu após o comandante denunciar a oficial subordinada por desacato e desobediência. Chiquini diz que vai ser provado que as supostas provas são objeto de fraude.
Pelo que diz a defesa, as mensagens teriam sido montagens para incriminar o comandante. O problema é que entre as provas há bilhetes em papel, que seriam escritos de próprio punho pelo tenente-coronel Sandro Rodrigues Geraldo.
Todas as provas, tanto as mensagens por aplicativo quanto os bilhetes estão registrados em cartório.
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