O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), professor Júlio Cesar Damasceno, presidente do Conselho Universitário (COU), fez questão em deixar claro, em todas as entrevistas que concedeu nesta quarta-feira, 24, que o recurso intempestivo analisado pelo Conselho não teve origem em qualquer das quatro chapas que disputaram a eleição para a Reitoria no último dia 16. A solicitação para que os cálculos fossem revistos, sob argumentação de que haveria uma distorção no resultado apresentado, recebeu parecer desfavorável no Conselho.
A contestação foi apresentada por uma professora, que não fazia parte de chapa, e o COU deixou claro que somente candidatos ou fiscais credenciados das chapas podem apresentar pedido de impugnação, o que não era o caso da contestadora.
De acordo com o reitor, a professora exerceu o direito que é concedido a qualquer pessoa, de ir ao Conselho reivindicar que sejam esclarecidos pontos com os quais ela não concorde. “Isto é um expediente de rotina do Conselho”, disse Damasceno.
A reunião do Conselho Universitário nesta quarta-feira foi para a homologação do resultado da eleição do dia 16, que elegeu os professores Leandro Vanalli e Gisele Mendes Carvalho para os cargos de reitor e vice da UEM para os próximos quatro anos. “Esta reunião é o fechamento de um processo democrático e transparente e é importante eliminar todas as dúvidas sobre a eleição realizada em harmonia e tranqüilidade ao longo de toda a campanha, votação, contagem dos votos”.
Contestação sem o conhecimento da chapa
A Chapa 4, que ficou em segundo lugar na eleição da semana passada, acabou citada em matérias jornalísticas porque a pessoa que apresentou contestação do resultado da eleição no COU teria alguma ligação com a chapa. Porém, em Comunicado, a chapa repudiou qualquer ideia de vinculação da contestação com as candidatas que disputaram a eleição e informou que “não entrou com nenhum recurso questionando o resultado das eleições à Reitoria”.
Segundo o Comunicado, o pedido de explicação sobre a metodologia da contagem dos votos feito à Comissão Eleitoral “é de responsabilidade de uma servidora da Instituição e foi feito sem a anuência e o conhecimento das candidatas da Chapa 4”.