Evento compara, com filmes e debate, dois 11/9: o do Chile e o dos EUA

No dia 11/9 do Chile, o povo viveu os piores momentos da história do país

Estudantes e trabalhadores sendo presos pelas forças militares; muitos jamais foram vistos Foto: Arquivo

Um evento nesta quinta-feira, 11, às 19h30, no auditório Ney Marques, câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), vai debater a relevância histórica do 11 de setembro no Chile, quando um golpe militar derrubou o regime democrático constitucional no País, instaurando uma ditadura militar que terminou somente 17 anos depois, com o retorno da democracia. Os resquícios do 11/9 têm reflexos até hoje.

O “11 de Setembro de 1973 – é preciso, sempre, relembrar” é um5 evento organizado pelo Instituto Paranaense de Estudos Geográficos, Econômicos, Sociais e Políticos (Ipegesp) e o Espaço Marx da UEM.

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Aberto a todos os interessados, sem necessidade de inscrição, o encontro será uma oportunidade para entender ainda a comparação com o outro 11 de setembro, o dos Estados Unidos (derrubada das torres gêmeas, em 2001).

Está prevista a exibição de um curta do cineasta britânico Ken Loach no qual ele compara o 11 de Setembro Chileno e o 11 de Setembro estadunidense. Também ocorrerá a projeção de um documentário de 53 minutos sobre o dia do Golpe.

Intitulado “A Resistência final de Salvador Allende”, o filme teve a direção do cineasta chileno Patrício Henriquez. Ele reconstrói os últimos momentos do presidente chileno no Palácio de La Moneda com imagens de arquivo e depoimentos de sobreviventes.

 

Queda de Allende

O golpe no Chile resultou em um intenso bombardeio ao Palácio de La Moneda, onde Salvador Allende, o primeiro presidente socialista eleito por voto popular na América Latina, cometeu suicídio. A ditadura de Pinochet, principal líder do golpe, foi marcada por repressão brutal, milhares de mortos, torturados e desaparecidos, e a implementação de políticas econômicas neoliberais.

O regime marcado por violações aos direitos humanos causou tortura em mais de 40 mil pessoas e mais de 3 mil mortes de opositores.

No dia 11 de setembro de 1973, o Chile iniciou um dos mais tenebrosos momentos da história na América do Sul Foto: Arquivo

 

Participarão do debate o geógrafo e professor de História Manuel Jose Espech Almeyda, ex-membro da Juventude do Partido Socialista chileno, presidente do Ipegesp; e o professor Pedro Jorge de Freitas, do Departamento de Ciências Sociais da UEM (DCS), integrante do Espaço Marx.

 

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