A história da família Iwata começa no ano de 1910 quando o casal Saiti e Kikue Iwata deixa o Japão a bordo do navio Ryojun Maru rumo ao Brasil para trabalhar nas fazendas de café. O objetivo era guardar dinheiro para poderem retornar ao seu país, porém isso não foi possível e eles acabaram se estabelecendo definitivamente em solo brasileiro.
A embarcação chegou ao porto de Santos no dia 26 de junho de 1910 com cerca de 912 pessoas. Este é considerado o segundo navio de imigrantes japoneses que veio para o Brasil, depois do Kasato Maru no ano de 1908. Da união do casal nasceram os filhos: Tooru, Sylvio Iwata, Mitiru, Ricardo e Issamu.
Com o tempo os contratos dos imigrantes com os fazendeiros foram terminando (três a cinco anos) e muitos tiveram que abandonar as fazendas de café, e dessa forma Saiti Iwata e sua esposa decidiram permanecer em Santos. “Naquela época não haviam muitos empregos e meu avô por necessidade teve que aprender a se comunicar em japonês e português. Ele chegou a cuidar de um menino de família brasileira. E de vez em quando levava o menino para jogar bola no campo de futebol, que futuramente seria do time do Santos”, relembra Silvio Saiti Iwata, neto do Sr. Saiti e filho do Sr. Sylvio Iwata.
O tempo passou, os filhos cresceram e a família Iwata mudou para a cidade de Promissão, em São Paulo, na busca por melhores condições de vida, chegando a criar uma cooperativa de café. No ano de 1950 o filho Sylvio Iwata estava estudando na Universidade Mackenzie em São Paulo aos 17 anos e acabou retornando para Promissão para ajudar o pai na administração da cooperativa. Logo depois conheceu Eiko Suguimoto Iwata, mais conhecida como Dona Olga. Desta união nasceram três filhos, dois em Promissão e um em Maringá. A irmã mais velha e o filho do meio, Silvio Saiti Iwata, mesmo nascendo no estado de São Paulo, são considerados pela família 100% maringaenses.
Paraná
No ano de 1961 a família Iwata veio para o Paraná, escolhendo a cidade de Maringá para morar. O local foi a Zona 5, pois era vizinha do Maringá velho, que antigamente era a região central da cidade. E o filho Sylvio (pai de Silvio) herdou do pai as técnicas e o dom da negociação do café. Foi durante as viagens que ele fazia para vender e comprar os grãos que ele foi convidado para trabalhar em Cornélio Procópio para a família Miyamoto, que era proprietária de uma grande indústria de café.
“Até o ano de 1970 meu pai trabalhou com café, e depois da geada negra ele acabou desistindo dessa área, passando a investir em outros negócios”, disse Silvio Saiti Iwata. Depois desse acontecimento, Sylvio Iwata (pai de Silvio) comprou a Editora Dez de Maio junto com dois sócios, e a primeira publicação foi a Folha do Norte do Paraná, jornal que circulava diariamente em Maringá.
Imobiliária Silvio Iwata
Por volta de 1976, Silvio Saiti Iwata estava morando na cidade de São Paulo, em busca do sonho de ser profissional de natação, esporte que marca a trajetória do empresário e que lhe rendeu muitas lições usadas na vida comercial. “A natação ensina disciplina, foco, técnica e muitos outros aspectos que me fortalecem até hoje. Por isso continuo praticando”, afirma.
Em sua volta a Maringá, Silvio trabalhou em uma imobiliária da época, após se matricular no curso de corretor de imóveis. Por amar o mercado imobiliário desde cedo, Silvio logo se destacou tornando-se empresário e fundando a Imobiliária Silvio Iwata em 1976, sendo pioneira em oferecer serviços de aluguéis de telefones na cidade de Maringá. Como sabia ter encontrado seu lugar, se formou em Engenharia Civil e especializou-se em Engenharia de Avaliação, conhecimento fundamental para a evolução da cidade de Maringá que se encontrava em pleno desenvolvimento. Anos depois, passou a investir em setores de locação, administração e comercialização de imóveis.
Após anos de atuação no mercado, a empresa teve sua ascensão com a vinda da esposa Fátima Elaine para a administração. Formada em processamentos de dados e especializada em administração, a tecnologia foi o pilar de Fátima, transformando processos e implementando os primeiros sistemas de administração imobiliária na cidade, nos recém-chegados computadores. E depois veio a filha Thaís, formada em administração e gestão de negócios imobiliários, que ficou com a gestão do setor de lançamentos e o filho Silvinho, formado em direito, que ficou encarregado do setor de locação e administração de bens. O filho mais novo de Fátima e Silvio é o médico Diogo Iwata.
Obs: o neto Nicolas é o filho de Thaís. Joaquim é o filho de Silvinho. Eles ainda são menores de idade, mas futuramente serão os próximos sucessores desta tradicional empresa maringaense, Imobiliária Silvio Iwata.
“Como meu pai já era do segmento do café, aprendi com ele que antes da abertura da empresa já tínhamos que deixar o ambiente sempre organizado e preparar um excelente café para recepcionar os nossos clientes. E ele era muito exigente nessa questão”, relembra Silvio.
Com a gestão familiar, ambiente agradável e estratégias fortes a empresa cresce a cada dia mais, e os colaboradores permanecem por muito tempo na imobiliária. É o caso do corretor Agnaldo Marques que trabalha na empresa há 35 anos. Hoje o atendimento é realizado para mais de 15 construtoras locais e nacionais na venda de empreendimentos e desenvolvimento imobiliário, se consolidando como a mais forte empresa no setor, chegando a conquistar vários prêmios como o Ímpar, Top of mind (mais lembrada de Maringá) e a certificação do Great place to work (GPTW), concedido às melhores empresas para se trabalhar.