Será retomado na tarde desta sexta-feira, 7, o julgamento dos acusados pela morte do auditor da Receita Federal José Antônio Sevilha. Neste terceiro dia, começa a fase de depoimentos de testemunhas, policiais e auditores que participaram das investigações. Na tarde desta quinta-feira (6), mais uma vez, Auditores-Fiscais chegaram ao prédio da Justiça do Trabalho, em Maringá, usando as camisetas que lembram o assassinato ocorrido há 17 anos.
Mas, por determinação do juiz, os servidores tiveram que retirá-la para acompanhar a audiência do julgamento por meio de uma transmissão em vídeo, em uma sala separada, juntamente com advogados e estudantes de Direito. A presença do público continua impedida no plenário.
A diretora de Defesa Profissional do Sindifisco Nacional, Auditora-Fiscal Nory Celeste Sais de Ferreira, foi questionada sobre os números da violência contra a categoria. “Nós lutamos para que não se esqueça desse caso e que nunca mais aconteça”, sentenciou Nory Celeste. A coordenadora-geral de Administração Aduaneira, Auditora-Fiscal Mirela Batista, acompanhou a audiência e assistiu à apresentação de 28 pedidos de anulação de provas apresentados pelos 28 advogados que representam os três réus.
Um processo lento que se estendeu por toda a tarde e início da noite. Na avaliação de Mirela, o número elevado de pedidos de nulidade seria uma estratégia das defesas. “Praticamente não se falou nada sobre o caso em si. Estão só alegando questões processuais. Acredito que possa durar (o julgamento) vários dias”, avaliou Mirela Batista.
Estão sendo julgados o empresário Marcos Gottlieb, apontado como mandante do assassinato do Auditor-Fiscal José Antonio Sevilha, Fernando Ranea da Costa, apontado como executor, e o advogado Moacyr Macedo, que teria intermediado o contato entre os dois. A investigação apontou outros dois executores: Jorge Talarico, policial civil que morreu na prisão e Wilson Rodrigues da Silva que nunca foi localizado.
O Júri deve levar em torno de 10 dias.
Fonte: O Dia na Cidade