Maringá, localizada no noroeste do Paraná, já foi eleita a melhor cidade do país para se viver em 2019, mas acabou perdendo seu posto em 2020, ficando em segundo lugar.
Considerar a importância dessa classificação significa mencionar o nível de qualidade de vida que é possível desfrutar nesses espaços.
Isso é resultado de um estudo desenvolvido pela Macroplan no qual avalia o desempenho de 100 cidades com mais de 273 mil habitantes em diversos setores da vida pública como saúde, educação, segurança e saneamento e sustentabilidade.
A partir desses indicadores é possível mensurar o município que melhor equilibra esses índices e consegue oferecer boas condições de habitabilidade e serviços públicos a população no contexto global da dinâmica urbana.
Após ocupar por dois anos consecutivos o topo do ranking, Maringá rebaixou seu índice de 0,748 para 0,739. Isso é determinante para quem possui casas à venda Maringá, dado seu potencial de atratividade, seja para moradia, trabalho ou atividade turística.
Esse estudo não leva em considerações administrações específicas, mas sim o legado de várias gestões, o que colocou Piracicaba, em São Paulo na primeira posição em 2020 alcançando um índice de 0,757.
Condições
Este modelo considera os 100 maiores municípios do país em termos de população (mais de 273 mil habitantes), responsáveis pela concentração de cerca de metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro a partir dos avanços das cidades em quatro áreas: saúde, educação, segurança e saneamento e sustentabilidade.
Esse índice assim é constituído por 15 indicadores de todas as áreas analisadas, o que levou Maringá a obter o melhor resultado em saneamento e sustentabilidade, por exemplo.
A edição de 2020 revelou, entre suas principais conclusões, que as cidades analisadas apresentaram uma maior retração no IDGM o que sinaliza a necessidade de ajustes nas gestões administrativas.
Além disso, quase metade delas teve piora no desempenho: cinco municípios no Norte, seis no Nordeste, vinte e seis no Sudeste, dez no Sul e dois no Centro-Oeste demonstraram comportamento negativo no índice agregado, com destaque para a saúde (83 municípios) e segurança (46 municípios).
Além disso, destacamos as desigualdades regionais na capacidade de entregar boas estruturas de serviços essenciais à população a medida que dez primeiras colocadas no ranking geral do DGM 2020, destacam-se oito cidades do interior de São Paulo e duas do Paraná.
Impacto
São resultados relevantes apontados pelo estudo que revelam o panorama das condições sociais, mas que também têm impacto na economia e na geração de negócios.
A visibilidade alcançada pelo município no contexto nacional com a realização desses estudos também interfere na atração de investimentos e de pessoas, principalmente para quem busca por casas para morar em Maringá.
Isso também contribui para que os próprios moradores tenham melhores condições de vida, potencializem seu sentimento de inserção e cuidado ao patrimônio público e tenham um ambiente propício para o desenvolvimento pessoal e de suas famílias.
Desafios
Essa análise considera os cem municípios com o maior número de habitantes no país na qual Maringá foi a que obteve melhor média geral no Índice Desafios da Gestão Municipal (IDGM), elaborado a partir de avaliações nas áreas de educação, saúde, segurança e saneamento e sustentabilidade.
Com o intuito de estabelecer as evoluções da gestão administrativa municipal, esses percentuais relacionam as melhorias e adaptações vivenciadas pelas cidades na última década.
Essa queda considerada no ranking é reflexo direto dos principais desafios sofridos pelo próprio contraste entre a cidade-pólo da região Noroeste e os outros 25 municípios do entorno e que não são relativizados pelos estudos.
Assim, a medida que a cidade concentra maior parte odos melhores serviços e condições de vida da região, acaba influenciando a dinâmica regional e utilizando mão de obra e insumos dos municípios vizinhos para seu bem próprio, o que acaba contribuindo para reforçar a imagem mercadológica dos números.
Outro fator importante diz respeito ao planejamento da cidade projetado para o futuro haja vista que grande parte dos empreendimentos desenvolvidos na cidade são de médio e alto padrão afastando a população de baixa renda ou criando um sentimento de não pertencimento e afastamento daquela realidade.
Eles assim são direcionados para o entorno e os distritos próximos reforçado pela ausência e incentivo aos programas habitacionais.
Além desse, outros pontos devem ser encarados pelo município como barreiras ao seu pleno desempenho nos anos avaliados: indicadores do Ideb do Ensino Fundamental II, de responsabilidade do governo estadual, e números do sistema de coleta de resíduos domiciliares e os percentuais do número de mortes no trânsito.
Quando se avalia a segurança pública, vemos que a taxa de homicídios variou de 16,26 por 100 mil habitantes para 12,05 por 100 mil habitantes entre 2007 e 2017, apresentando boa evolução e ficando entre as melhores do ranking.