Morre aos 78 anos Eduardo Celidonio, criador do Cemitério Parque de Maringá

Eduardo Celidonio se manteve à frente dos seus empreendimentos até o fim da vida

Eduardo Celidonio se manteve à frente dos seus empreendimentos até o fim da vida Foto: Arquivo

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O empresário Eduardo Ribeiro Celidonio, de 78 anos, será sepultado às 10h30 desta segunda-feira, 22, no Cemitério Parque de Maringá, que ele idealizou na década de 1970, implantou nos anos 80 e administrou até a morte.

Além do cemitério, um dos primeiros no estilo parque construídos no Brasil, o empresário era proprietário também da E7 (ECET), a Eduardo Celidônio Escola de Tênis, que funcionava no quintal de sua casa, na Vila Vardelina.

Com quadras de tênis no quintal, Eduardo manteve o amor ao tênis mesmo depois de perder alguns movimentos em consequência de um AVC Foto: Arquivo

Já há alguns anos ele tinha problemas de saúde, desde que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), que comprometeu alguns movimentos, levando-o primeiro a usar muletas e cadeira de rodas. Mesmo com movimentos limitados, ele se manteve no controle de suas empresas, inclusive marcando presença diariamente no cemitério, onde acompanhava o trabalho dos funcionários.

 

Amante da velocidade

Eduardo Celidonio nasceu e cresceu em uma família de alto poder aquisitivo, morando em bairros nobres da capital paulista. Seu pai, Ruy Celidonio, era corretor da Bolsa de Valores de São Paulo e investia em fazendas em diferentes regiões.

A família teve várias propriedades na região de Maringá, todas com café. O empresário Renato Celidonio, primo de Eduardo, administrava várias fazendas da família na região, dirigiu instituições ligadas à cafeicultura e fez carreira política, chegando a ser deputado federal.

Nos anos 60 e 70 Eduardo Celidonio era um dos pilotos mais respeitados de Interlagos Foto: Arquivo

Em São Paulo, o então jovem Eduardo se dedicava aos esportes. Foi jogador de tênis de quadra e se envolveu com o automobilismo, se tornando piloto de destaque ao lado com outros jovens que também seguiam carreira, como Emerson Fittipaldi, José Carlos Pacce e Nelson Piquet.

 

Mudança foi consequência da geada

A vinda para Maringá foi conseqüência da geada negra de 1975, que dizimou a cafeicultura do Paraná. Ele ficou encarregado de erradicar os pés de café queimados pelas geadas e encontrar alguma destinação para as terras da família.

Assim, ele vendeu outras fazendas e conservou a que o pai implantou na década de 1940 na Estrada Mandacaru. Ela era a preferida da família, onde seus pais e irmãos passavam férias nos tempos áureos da cafeicultura, tinha casas boas e um bosque que conservava parte da Mata Atlântica.

Assim, foi loteada parte da propriedade e parte foi destinada à implantação de um cemitério parque, uma ideia que, na época, não foi bem aceita nem pelos familiares, nem pela comunidade maringaense, já que ninguém conhecia cemitérios que fossem apenas um gramado, sem os tradicionais túmulos com imagens de santos e de anjos, com muito mármore e granito.

Depois de 36 anos de implantação, o Cemitério Parque de Maringá hoje é um modelo copiado em vários Estados Foto: Arquivo

Só na década de 1980 as famílias começam a aceitar que seus familiares fossem enterrados no novo modelo de cemitério. Hoje, cerca de 7,5 mil pessoas estão sepultadas na área.

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