Inicia em Maringá neste domingo a exposição Pakuá, a arte vista de cima

fotos aéreas

Pescador artesanal na Vila de Superagui em Guaraqueçaba Foto: Lucas Pontes/Pulsar Imagens

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Após temporada em Curitiba e Foz do Iguaçu, o projeto inédito no país, que une fotografia e ilustração para apresentar um novo olhar sobre os cenários nacionais, chega a Maringá.  A mostra Pakuá Exposição de Artes Visuais, com trabalhos que mostram a arte vista de cima, permanece de 1º a 20 de maio em cartaz na praça de eventos do Shopping Maringá Park, no Centro da cidade.

Com o intuito de democratizar essa percepção e construir narrativas inéditas a partir de uma nova perspectiva dos cenários brasileiros, a Montenegro Produções Culturais, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, lançou no início de 2022 a primeira exposição itinerante de registros aéreos no Brasil, por meio do projeto cultural Pakuá Exposição de Artes Visuais, selecionadas a partir de um concurso nacional realizado no final de 2020.

São 100 imagens registradas por fotógrafos profissionais e amadores de todo país, celebrando as novas possibilidades de olhar trazidas pelo uso da tecnologia dos drones na fotografia. Quem visitar vai se surpreender pelas paisagens e particularidades de Norte a Sul do Brasil vistas do céu, registradas por drones em ângulos inéditos.

Além das exposições, as imagens vencedoras estão compiladas em um catálogo impresso com distribuição gratuita e versão on-line na íntegra para download gratuito no site da produtora (www.montenegroproducoes.com ). O projeto oferece medidas de acessibilidade como legendagem descritiva e audiodescrição para quem for à exposição.

Com entrada gratuita, o público poderá viajar nas asas da criatividade dos fotógrafos e também apreciar uma intervenção artística feita pelo arquiteto e urbanista maringaense Nilton Ribeiro, inspirada em uma das fotografias da mostra.

O skatista e sua manobra preferida na praça em Maringá Foto: Thiago Louzada

“Ao reunir fotógrafos do Brasil inteiro e seus diferentes olhares, o Pakuá compõe uma representação artística do mapa brasileiro utilizando a fotografia aérea. O contato com o projeto proporciona uma reflexão atual e coletiva a respeito da importância humana na preservação do patrimônio cultural e ambiental do Brasil, além da estreita relação da fotografia com as cidades e a arquitetura, atuando como agente de construção dessa história”, explica Carolina Montenegro, gestora da Montenegro Produções Culturais.

 

Nova dimensão expandida

Como parte integrante de um projeto de artes visuais que traz em seu resultado uma exposição gratuita, a iniciativa reúne nomes de peso da fotografia nacional – como o paulistano Valdemir Cunha e o paranaense Sergio Ranalli –, ao lado de fotógrafos iniciantes. “Os drones são um ponto de virada nesta modalidade. Ainda são caros por aqui, mas já começam a assumir um papel importante na arte. Já temos todo tipo de fotógrafo usando drones, de fotodocumentaristas a fotógrafos de moda.  O Brasil é um país imenso e lindo. Um país que está se redescobrindo quando visto do céu. E isso é empolgante!”, destaca Guilherme Zawa, curador da mostra.

A comissão julgadora da premiação foi formada pelos brasileiros Guilherme Pupo, Cássio Vasconcellos e Daniel Castellano, que também terão suas obras expostas no projeto.

O Jardim Botânico de Curitiba é um dos locais mais fotografados do Paraná, mas sua beleza do alto surpreende Foto: Cassio Vasconcellos

“A fotografia realizada através de aparatos voadores se consolidou como novo ângulo inusitado do olhar. É como se víssemos o mundo de sempre com novos olhos. Das fotografias de natureza ao fotodocumentário, tudo ganhou uma nova dimensão expandida. Prêmios internacionais com a nova modalidade já se firmaram entre os principais do globo, incentivados pela popularização dos drones fotográficos. O Pakuá é a primeira mostra do Brasil no gênero”, comenta Zawa, destacando que a curadoria das imagens aéreas avaliou a consonância com o tema proposto, além da criatividade, originalidade e qualidade técnica dos trabalhos.

 

“Um olhar como alma desse corpo”

O título do projeto, “Pakuá”, tem origem no tupi-guarani e é uma brincadeira poética feita a partir da junção das palavras céu, tudo e pessoa. A tradução estética dessa criação ficou sob responsabilidade do designer, hoje sediado em Portugal, Caio Vitoriano, que interpretou esses elementos na criação da identidade visual do projeto. “A imagem traz uma espécie de cabeça, olho e membros. Um olho errante que busca algo que nunca viu, e se viu que enxerga aquilo já visto de maneira inédita. Um olho que pensa, promovido a cabeça; um olho enquanto câmera e olhar como alma desse corpo”, conta Vitoriano.

Como desdobramento social, o projeto cultural realizou na capital paranaense visitas monitoradas gratuitas para alunos do ensino fundamental de escolas da rede pública, que também participaram de uma oficina de fotografia aérea com drone, ministrada pelo fotógrafo curitibano Diego Cagnato. No ano passado, o Pakuá e sua arte vista de cima beneficiou 30 idosos acolhidos na instituição de longa permanência Lar dos Idosos Recanto do Tarumã, em Curitiba, que participaram de uma oficina de colagem, trazendo suas próprias referências estéticas e leituras simbólicas para as fotografias do projeto. Para completar as ações sociais, após o término das exposições, um recorte da mostra Pakuá ficará permanentemente exposto nos corredores do Hospital de Clínicas, em Curitiba.

O projeto tem apoio da Associação dos Amigos do HC e patrocínio Sideral Linhas Aéreas, Helisul Aviação, RDP Petróleo, Ítalo Supermercados, Havan, Tecnolimp, Pontual, Ravato Diesel, Magnetron, Greca Asfaltos e Schattdecor.

Com sua arte vista de cima, a exposição itinerante segue para outras cidades paranaenses. A cidade seguinte será Londrina a partir do dia 28 de maio, no Aurora Shopping.

 

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