Seguindo o mesmo caminho das demais universidades estaduais do Paraná, os professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) votaram em assembleia na manhã desta terça-feira, 14, pela suspensão da greve iniciada na semana passada. Como suspensão deve ser entendido que a greve não terminou, o estado de greve continua, pois a categoria ainda conseguiu demover o governo Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) a atender as principais reivindicações, especialmente a que se refere ao Plano de Carreira. Os professores suspendem greve também nas demais universidades estaduais do Paraná.
Pela segunda vez a greve dos professores das estaduais é iniciada e suspensa. O professor Thiago Ferraiol, presidente da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Maringá (Sesduem), disse que a manutenção do estado de greve será para acompanhar a tramitação do projeto de lei com aumento dos adicionais de titulação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Em junho, a greve foi suspensa com a promessa da apresentação de uma proposta aos professores. Desde então, as seções sindicais do do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) nas universidades estaduais do Paraná vinham realizando diversas manifestações para cobrar o cumprimento do acordado. Na semana passada, as assembleias docentes voltaram a discutir a retomada da greve, uma vez que o governo ainda não havia encaminhado qualquer resposta concreta às demandas do movimento docente.
O 1º vice-presidente do Andes-SN, Gilberto Calil, disse que os reajustes no valor final do salário bruto terão os seguintes impactos: especialista 4%, mestre 3,23%, doutor 13,89% se o docente estiver em início de carreira, ou um pouco menos se já possuir quinquênios.