O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), deixou o Hospital Sírio-Libanês na tarde desde domingo, 22, ao receber alta após uma angioplastgia para colocação de um stent, um tubo inserido na artéria para prevenir o entupimento. O deputado foi internado no sábado e após a cirurgia ele próprio publicou no Twitter que a cirurgia tinha corrido bem e que este é o terceiro stent em suas artérias.
“Fiz hoje uma angioplastia e ganhei meu terceiro stent. Os dois primeiros recebi quando era ministro da Saúde. Uma maravilha a medicina moderna”, escreveu Barros ainda no sábado. O procedimento cirúrgico é pouco invasivo, e é feito para normalizar o fluxo de sangue para o coração.
O boletim médico que o hospital liberou no início da tarde deste domingo diz que o parlamentar deu entrada no hospital neste sábado com um diagnóstico de insuficiência coronária. A nota do hospital informava que o quadro do deputado já era estável antes de ele ser liberado.
O boletim é assinado pelo diretor de Governança Clínica, Luiz Francisco Cardoso, e pelo Diretor Clínico, Ângelo Fernandez, que também informam que o caso do deputado é acompanhado pelas equipes médicas do médico cardiologista Roberto Kalil Filho.
Enquanto se recupera da angioplastia, o deputado Ricardo Barros continua como investigado pela CPI da Covid por supostas irregularidades na negociação para a compra da vacina indiana Covaxin. Ele já prestou depoimento na comissão como convidado, mas os senadores devem voltar a ouvir o deputado como convocado.
O nome do líder do governo entrou na mira da investigação depois que o deputado Luis Miranda disse que Bolsonaro, em uma reunião no Palácio do Alvorada, em março, afirmou que “isso era coisa” de Ricardo Barros e que acionaria a Polícia Federal, depois de ouvir relato de pressões indevidas na liberação da importação dos imunizantes.
A PF apura se o presidente cometeu crime de prevaricação por, supostamente, não ter pedido a apuração do caso.