UEM: Barco do Nupélia, utilizado para pesquisa, vai passar por reforma

Embarcação fica na Base Avançada de Porto Rico, tem cerca de 40 anos e até o momento não foi restaurada.

Barco do Nupélia

Foto: UEM

O barco especial utilizado para pesquisas pelo Núcleo de Pesquisa em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), na Base Avançada de Porto Rico, às margens do rio Paraná, será reformado nas próximas semanas.

A ordem de serviço foi assinada na última sexta-feira (29), no Gabinete da Reitoria. O documento funciona como um guia para todo o processo de contratação e execução do trabalho.

A previsão é que o barco seja enviado em alguns dias para o estaleiro, onde passará pela restauração conforme exigência da Capitania dos Portos do Paraná, uma repartição da estrutura administrativa do Comando da Marinha com a atribuição de fazer cumprir os dispositivos legais relativos à inspeção naval, capacitação profissional de pessoal da Marinha Mercante, segurança do tráfego aquaviário e sinalização náutica das vias marítimas e fluviais.

O barco tem quase a mesma idade da Base, cerca de 40 anos. A reforma dele será possível em função de uma parceria envolvendo o próprio Nupélia e as pró-reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) e de Administração (PAD). O núcleo foi criado em 1983, com apoio da Itaipu Binacional, a partir de um estudo sobre peixes no reservatório da binacional. Em três décadas, desenvolveu e publicou centenas de trabalhos científicos e se tornou referência no Brasil e no exterior.

A Base Avançada em Porto Rico, a 170 km do câmpus sede da UEM em Maringá, fica na margem esquerda do rio Paraná, divisa dos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Possui abastecimento público de água, energia elétrica, telefone, Internet, estação climatológica e sete edificações de alvenaria.

A infra-estrutura inclui dois laboratórios, sendo um deles climatizado com 30 aquários, além de alojamento para acomodação de 26 pessoas. Experimentos podem ser realizados, ainda, em um prédio de alvenaria (Bloco W-06).

Além do barco especial que será reformado, a base reúne, entre os materiais e os equipamentos utilizados nos projetos de pesquisas, 10 barcos menores.

Usado para a pesca elétrica, com seis metros de comprimento, ele é equipado com motor de popa de 60HP, dois barcos de alumínio (tipo chatão), dois de alumínio (tipo voadeira), quatro de alumínio (tipo chatinha) e um barco-laboratório, contendo, ainda, cabine de comando, laboratórios, banheiro, guincho, gerador com duas voltagens (110 e 220), freezer, fogão, sistema de rádio-comunicação composto por uma base, dois rádios portáteis e dois rádios marítimos.

Diversos projetos científicos foram desenvolvidos nas instalações da Base, ou a partir de sua infra-estrutura, por meio de intercâmbios nacionais com instituições como a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Goiás (UFGO) e internacionais como o Royal Belgium Institute of Natural Science, Mississippi State University, Texas A&M University, University of Lòdz, European Regional Centre for Ecohydrology/UNESCO e a University of Glasgow.

A Base oferece apoio, ainda, ao desenvolvimento de diversos projetos de pesquisa de graduação e pós-graduação de instituições nacionais e estrangeiras.

Atividades educacionais também são desenvolvidas nas instalações da Base, com alunos da UEM e professores das escolas municipal e estadual de Porto Rico e municípios vizinhos.

Presenças

 A cerimônia para a assinatura da ordem de serviço reuniu o reitor Júlio Cesar Damasceno; o vice, Ricardo Silva; a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA), Evanide Benedito; o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Luiz Fernando Cótica; o diretor de Pesquisa e coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), Ivair Aparecido dos Santos; a diretora de Pós-Graduação, Márcia Lopes Consolaro; e o diretor do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Luiz Carlos Gomes, do Nupélia.

Fonte: ASC-UEM

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