A Comissão Eleitoral que organizou a eleição para membros dos três conselhos tutelares de Maringá, junto com a Justiça Eleitoral, precisaram de pouco tempo para contabilizar todos os votos da eleição realizada neste domingo, 1º, e apontar os 15 candidatos eleitos. A urna eletrônica cedida pela Justiça Eleitoral garantiu rapidez e confiabilidade à eleição.
A eleição marcou a volta de pessoas que já foram conselheiras tutelares no passado, como é o caso do servidor público Vandré Fernando, que passou 10 anos fora do Conselho, mas continuou fazendo trabalhos voluntários, principalmente em favor das crianças.
Outra surpresa foi o fato de o conselheiro Carlos Bonfim, o Carlão, não ter sido reeleito. Ele era o conselheiro de maior projeção na atual formação, o que sempre falava pelos demais.
O pleito contou com a participação de 26 candidatos. Os membros eleitos foram:
- Rodrigo Vírissimo,
- André Iluminado,
- Lwanna Paiva,
- Italo Maroneze,
- Silvana Agustini,
- Lucia Catto,
- Fabielli Bittencourt,
- Glaucia Soares,
- Ivanete Pittarelli,
- Cleide Santiago,
- Vandré Fernando,
- Lia Chicoski,
- Célia Claudineia Educadora,
- Elisangela Nunes e
- Denise Andrade.
Os novos conselheiros terão até 15 dias após a publicação do resultado para escolherem em qual dos três conselhos desejam atuar, com prioridade para os mais votados. Os novos conselheiros eleitos tomarão posse no dia 10 de janeiro de 2024.
Maringá contou com 50 locais e 84 seções para votação. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) disponibilizou as urnas eletrônicas para a eleição, que ocorreu durante todo o dia.
A eleição dos membros do Conselho Tutelar teve apoio da Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria da Criança e do Adolescente (Secriança), com fiscalização do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e do Ministério Público (MP).
A apuração dos votos durou cerca de três horas e ocorreu na sala de reuniões do térreo do Paço Municipal, com apoio do TRE, MP, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Procuradoria-Geral do Município (Proge) e Secretaria de Compliance.
Confira o número de votos de cada candidato:
1° Rodrigo Vírissimo – 1.599
2° André Iluminado – 1.242
3° Lwanna Paiva – 1.009
4° Italo Maroneze – 1.002
5° Silvana Agustini – 859
6° Lucia Catto – 801
7° Fabielli Bittencourt – 766
8° Glaucia Soares – 703
9° Ivanete Pittarelli – 698
10° Cleide Santiago – 660
11° Vandré Fernando – 624
12° Lia Chicoski – 603
13° Célia Claudineia Educadora – 576
14° Elisangela Nunes – 573
15° Denise Andrade – 522
16° Laiz Palhares – 516
17° Valdereza – 494
18° Jaime Rocha – 406
19° Carlos Bonfim Carlão – 383
20° Tia Neuza – 342
21° Rosângela Ribeiro – 334
22° Rodrigo Venturin – 318
23° Sônia Versari – 299
24° Vivian Souza – 255
25° Siumara Lucas – 219
26° Carmen Lúcia – 71
Ministro diz que eleição unificada para conselhos tutelares será aprimorada
Agência BrasilO ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, informou neste domingo (1°) que o governo tem a intenção de aprimorar a eleição unificada de conselheiros tutelares, processo que deverá mudar a forma de divulgar candidatos que concorrem no pleito. Presente na zona norte da capital paulista para participar da eleição como votante, Silvio Almeida afirmou que não tem reservas quanto à candidatura de figuras declaradamente conservadoras, pois, para ele, o que importa é que mantenham compromisso com a defesa dos direitos de crianças e adolescentes e sigam os princípios da lei.
“Não vejo como problema, muito pelo contrário. Acho que é parte da democracia [ter] candidaturas com um perfil mais conservador, mais progressista, de pessoas que professem uma fé, que tenham uma religião. E também pessoas que não tenham nenhuma religião. O que eu vejo problema é quando não tem compromisso com o que preveem a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente [ECA]”, declarou.
O ministro acrescentou que a pasta que comanda tem planos de melhorar a atuação dos conselheiros tutelares e pretende encontrar um meio de responsabilizar aqueles que se distanciarem da missão que deveriam cumprir. “Eles são funcionários, agentes públicos e devem ser valorizados por isso, mas também têm que ter a responsabilidade que têm os servidores públicos. O Conselho Tutelar não serve para se fazer proselitismo, nem político, nem religioso, é, simplesmente, ter em mente, como objetivo, o cuidado de crianças e adolescentes, conforme determina a lei”, reforçou.
No município, 1.240 candidatos e candidatas disputam 260 vagas de conselheiros tutelares. São Paulo é o maior colégio eleitoral do país e somou cerca de 150 mil votantes nas últimas eleições para o conselho tutelar, órgão que goza de autonomia para fazer valer o ECA, em vigor desde 1990. O total de votantes se aproxima do de eleitores de municípios como Araçatuba (143 mil) e Bragança Paulista (126,8 mil), de acordo com a prefeitura.