Morreu neste sábado, 30, o ator Tom Wilkinson, duas vezes indicado ao Oscar de melhor ator por seus papéis em filmes como “Entre quatro paredes (2001) e “Conduta de risco” (2007).
Wilkinson era inglês, tinha 75 anos e era casado com a atriz Diana Hardcastle. O casal tem duas filhas, Alice e Mollie.
Além das indicações para o Oscar, Tom Wilkinson recebeu vários prêmios ao longo de sua carreira, incluindo um BAFTA, um Globo de Ouro e um Primetime Emmy Award.
O ator britânico teve papéis de destaque em filmes como “Batman Begins”, “Operação Walkyria”, “Os Titãs”, “Missão Impossível”, “O Patriota” e “Shakespeare apaixonado”.
Nascido em Yorkshire, na Inglaterra, o artista frequentou a Royal Academy of Dramatic Art e começou a atuar na TV em 1975. A transição para o cinema veio dez anos depois, como coadjuvante em filmes como “Sombras do Passado” (1985) e “Sylvia” (1985). Mas foi só nos anos 1990 que começou a chamar atenção, embora ainda em pequenos papéis, como o promotor de “Em Nome do Pai” (1993), de Jim Sheridan, e o rico aristocrata de “Razão e Sensibilidade” (1995), de Ang Lee, que ao morrer deixa as filhas na miséria.
Ele também foi o chefe de Michael Douglas em “A Sombra e a Escuridão” (1996), de Stephen Hopkins, e o vilão de “Mistério na Neve” (1997), de Bille August, antes de ser escalado no papel que mudou tudo em “Ou Tudo ou Nada”. A comédia de Peter Cattaneo acompanhava seis trabalhadores desempregados de uma fábrica que, em meio à crise financeira, resolvem fazer um show de striptease para arrecadar dinheiro. Wilkinson vivia o ex-capataz da fábrica, que estava escondendo sua demissão da esposa. Sucesso enorme de público e crítica, foi indicado a 4 Oscars e 12 BAFTAs, vencendo a premiação britânica como Melhor Filme do ano, além de render troféus de Melhor Ator para Robert Carlyle e de Coadjuvante para Wilkinson.
A partir daí, sua carreira deslanchou e Wilkinson apareceu em vários sucessos, incluindo o filme vencedor do Oscar “Shakeaspeare Apaixonado” (1998). Em seguida, ele consolidou sua carreira com duas indicações ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. A primeira foi por “Entre Quatro Paredes” (2001), de Todd Field, como o pai enlutado de um filho assassinado. A segunda veio por “Conduta de Risco” (2007), de Tony Gilroy, como um advogado, colega de George Clooney, que surta ao descobrir que o conglomerado que defendia era culpado por várias mortes, tendo um fim trágico por saber demais.
Veja também