A Assembleia Legislativa do Paraná realiza nesta quinta-feira, 11, às 10 horas, no Centro de Eventos II do parque de exposições de Maringá, uma audiência pública para discutir os desafios, perspectivas e alternativas da reciclagem nos municípios paranaenses. O evento faz parte da Assembleia Itinerante, instalada no recinto da Exposição Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Maringá, a Expoingá 2023.
O encontro é uma iniciativa do deputado Evandro Araújo (PSD) e reunirá gestores municipais de resíduos sólidos urbanos, especialistas e
pesquisadores da cadeia da reciclagem, representantes das cooperativas, das associações de catadores, do Ministério Público Estadual e terá a presença do secretário de Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Jorge. Evandro Araújo diz que “a questão da destinação adequada dos resíduos e o máximo reaproveitamento é uma questão que envolve toda a sociedade, é uma responsabilidade compartilhada”.
Segundo ele, “quanto mais falamos sobre coleta seletiva, separação, destinação e reutilização, mais temos resultados positivos na reciclagem”. O deputado diz que alguns dados preocupam, como o aumento de lixões, falta de investimentos, falta de estrutura para os catadores, falhas na coleta. Isso tudo afeta na reciclagem.
Segundo dados da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), os municípios do Paraná coletaram 10,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos no ano de 2019, porém apenas 4,4% desse total foram destinados à reciclagem. Embora o índice de reciclagem seja superior à média nacional (3,6%), de acordo com Araújo, os números ainda podem melhorar bastante. Isso ocorre principalmente porque ainda existem gargalos na coleta seletiva realizada pelos municípios, na separação doméstica e na falta de envolvimento dos fabricantes, que contribuem para o aumento de resíduos no meio ambiente.
De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), de 2021, 297 municípios paranaenses realizaram a coleta seletiva e 65 ainda não a realizaram naquele ano. Outros 37 municípios não responderam. “Sem a coleta seletiva, não há reciclagem na ponta. Por isso, precisamos melhorar esses números, conscientizar as pessoas e voltar a avançar nesta pauta”, completou Araújo.
Fonte: O Dia na Cidade