Sete anos depois, a polícia do Paraná prendeu o mandante e os três homens que executaram o assassinato da então Miss Altônia Bruna Zucco Segantin e incendiaram o carro em que ela estava com Valdir de Brito Feitosa.
O crime aconteceu em março de 2018 na zona rural de Altônia e logo no início das investigações surgiu a hipótese de o caso envolver o tráfico de drogas na região de fronteira com o Paraguai.
A operação foi liderada pela 16ª Delegacia Regional de Altônia e contou com a 5ª Subdivisão Policial de Pato Branco, Delegacia de Palmas e do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (TIGRE).
Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão nas cidades de Palmas e Pato Branco, no Paraná, e ainda em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
O mandante é um homem de 39 anos que não teve a sua identidade revelada. Ele estava em um apartamento com porta blindada e a polícia precisou usar explosivos para chegar até o bandido.

Os outros presos são três homens de 44, 43, e 26 anos.
O mandante teria contratado os executores em outro Estado para dificultar a investigação e ainda ofereceu suporte logístico, destruiu provas e coagiu testemunhas.
A Polícia Civil ainda procura Eliezer Lopes de Almeida, de 47 anos, apontado como o intermediador entre o mandante e os executores. Ele é de Pato Branco,
Bruna e o sonho interrompido
As investigações mostraram que Bruna Zucco Segantin, estudante e Miss Altônia de 21 anos, não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Ela morreu por estar com Valdir Brito Feitosa, de 30 anos, que seria o alvo da ação dos bandidos.
O caso teria sido consequência da disputa pelo controle do tráfico de entorpecentes na região, que é estratégica para o recebimento de drogas chegadas do Paraguai para serem distribuídas para todo o Brasil e até outros países. Feitosa teria tido uma briga com um traficante conhecido da região no mesmo dia do crime.

Bruna era estudante de Psicologia em Umuarama e todas as noites, junto com outros acadêmicos, ia e voltava a Umuarama em um ônibus exclusivo para o transporte de estudantes.
Naquela noite, uma câmera de segurança gravou o momento em que ela desceu do ônibus e seguia para casa. As imagens mostram que pouco depois passou um GM Astra, o mesmo em que os corpos foram encontrados carbonizados no dia seguinte.
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