O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), presta depoimento nesta quinta-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal que investiga possíveis omissõies dos governos no combate à pandemia da covid-19. Os senadores querem esclarecer suposto vínculo do deputado com irregularidades nas negociações da vacina indiana Covaxin e a participação da empresa Precisa Medicamentos, bem como da chinesa Convidecia, do laboratório CanSino Biologics.
O depoimento de Ricardo Barros na CPI deve acontecer a partir das 9 horas com transmissão pela TV Senado e vários canais no YouTube e outras redes sociais, como o Twitter e o Instagram.
O nome do parlamentar paranaense teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo disse na CPI o também deputado Luis Miranda (DEM-DF). No dia 20 de março, dia em que Miranda e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo, teriam levado denúncias envolvendo as negociações para a compra da vacina indiana Covaxin ao chefe do governo, Bolsonaro teria afirmado que era “rolo” de Barros. O presidente Bolsonaro nunca desmentiu o fato.
Depois da citação de Miranda, a cúpula da CPI passou a trabalhar com a tese de que Bolsonaro cometeu o crime de prevaricação, previsto no artigo 319 do Código Penal. Segundo o artigo, é crime “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.
O deputado Ricardo Barros, que presta depoimento nesta quinta-feira, disse várias vezes à imprensa que está à disposição da CPI da Covid e até se ofereceu para prestar o quanto antes o depoimento, a fim de esclarecer a polêmica que envolveu seu nome. Ele sempre negou envolvimento com a compra de vacinas.