Cooperval responde Câmara e esclarece sobre queimadas de cana-de-açúcar em Mandaguari

Esclarecimentos foram feitos a partir de um requerimento do vereador Eron Barbiero, questionando as previsões para diminuição e eliminação da prática

Mandaguari

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Como resposta ao Requerimento nº 042/2021, de autoria do vereador Eron Barbiero (PSB), a Cooperativa Agroindustrial Vale do Ivaí Ltda. (Cooperval) entregou à Câmara, na última semana, um documento detalhado sobre as queimadas de cana-de-açúcar na região e o planejamento para diminuição e eliminação total da prática de despalha feita com a utilização de fogo. A entrega do documento ocorreu em uma reunião entre o parlamentar autor do questionamento e o advogado da cooperativa, Carlos Alberto de Oliveira Pinheiro.

“Muitos moradores vinham nos cobrando sobre essa situação, que, além de trazer muita sujeira, pode comprometer o meio ambiente e a saúde da população. Foi por esta razão que fiz o requerimento, que foi aprovado por todos os parlamentares, com o objetivo de saber se há outras alternativas menos prejudiciais e, também, sobre o planejamento da organização para acabar com a prática”, explicou o autor do questionamento, Eron Barbiero.

RESPOSTAS

No documento, a Cooperval explica que atua em cerca de 12 mil hectares de produção sucroalcooleira da região, sendo 371 hectares no município de Mandaguari. Também esclarece que o Decreto Estadual nº 10.068/14 estabelece que nas áreas mecanizáveis – ou seja, onde já é possível aplicar métodos alternativos –, a redução deveria/deverá ser de 20% até 2015; 60% até 2020 e 100% até 2025. Já para os espaços não-mecanizáveis, cuja estrutura do solo não permite o uso de máquinas, o prazo vai até 2030. A cooperativa assegura que está cumprindo a determinação, sendo que ainda em 2021 deixará de usar o fogo em 61% do total de suas áreas.

Além disso, a organização responde que, nos locais onde a queima de cana ainda é inevitável, têm sido aplicados procedimentos para reduzir o impacto ambiental, controlando, inclusive, a disseminação de fuligem. Ela alerta, também, que, em muitos casos, os efeitos percebidos pela população são de incêndios criminosos: em 2020, foram registradas 74 ocorrências desse tipo; somente nos primeiros cinco meses de 2021, 16. Essas práticas clandestinas devem ser denunciadas, porque podem ficar sem controle, durar mais tempo e atingir outras propriedades.

A organização aponta, ainda, que, apesar da preocupação com a redução das vagas de trabalho que deve ocorrer com a mecanização de todos os processos, compreende a importância de se colocar em prática as estratégias que diminuam os riscos e prejuízos à saúde e ao meio ambiente. Diante do questionamento, a cooperativa se comprometeu, também, a intensificar os trabalhos de ação social na região, o que deve ser anunciado nos próximos dias. A Câmara deve continuar acompanhando e fiscalizando o caso.

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