A campanha de imunização de domingo a domingo lançada pelo Governo do Paraná será expandida, segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior em uma entrevista dada hoje na Rádio Jovem Pan. Isso será possível devido ao bom impacto no Estado, com a aprovação da maioria das cidades.
“Neste fim de semana, de cada cinco brasileiros vacinados, um era paranaense. Com apoio dos prefeitos vamos ganhar escala na vacinação para imunizar o maior número de pessoas possível. Estamos recebendo toda a semana novas remessas de vacina, nesta semana devem vir mais doses, o que permitirá que mantenhamos o ritmo de vacinação dos grupos prioritários.”
Ele ainda destacou a respeito da negociação do Paraná com laboratórios para compra de vacinas, mas disse que o trabalho do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na produção e fornecimento ao Programa Nacional de Imunização é essencial. “Desde o ano passado estamos em contato com laboratórios internacionais, tivemos conversas com vários deles, e só compraremos uma vacina aprovada pela Anvisa. Mas quem vai salvar os brasileiros da pandemia são a Fiocruz e o Butantan. Há uma demanda grande por vacinas no mundo todo, e os nossos laboratórios estão ampliando o volume de produção para atender o País.”
Abertura de novos leitos
O governador também enfatizou sobre a abertura de novos leitos exclusivos para atender pacientes com coronavírus nesta ocasião de ascensão da pandemia no Paraná. “A nova cepa é mais voraz, mais perigosa e transmissível e aumentou a demanda por leitos, além de atingir pacientes mais jovens. Estamos vivendo um novo momento da doença, muito diferente do que era há um ano. Para dar conta, temos aberto novos leitos todos os dias, em todas as regiões. Somente o que abrimos neste mês de março daria para montar vários hospitais de campanha, mas com a diferença que são ambientes muito mais adequados.”
De acordo com Ratinho Junior, neste um ano de pandemia o Estado dobrou a quantia de leitos de UTI e agilizou a construção de três hospitais regionais, em Guarapuava, Telêmaco Borba e Ivaiporã. Também fortaleceu a estrutura dos hospitais universitários para aumentar o atendimento em todas as regiões, distanciando as organizações de saúde. “Mas tudo isso esbarra em um problema, que são os profissionais especializados para trabalhar nessas unidades. Não adianta ter equipamento de ponta se não tiver gente para trabalhar, e os profissionais de saúde estão esgotados.”
Ele também salientou as normas restritivas para conter a propagação da covid-19, adotadas tanto pelo Paraná como por cidades. “É muito duro tomar uma decisão como essa, ter que frear a força do Estado, de uma cidade. É algo extremamente doloroso, mas as medidas são baseadas na taxa de transmissão, que estava muito alta em algumas regiões. Com isso, já conseguimos derrubar a transmissão, mas o resultado demora para aparecer.”
Segundo o governador, as dimensões de restrição foram tomadas de maneira precisa, em aprovação com os municípios, levando em consideração as diferenças entre eles. “Fizemos restrições regionais, não fechamos os 399 municípios e alguns setores continuaram funcionando. É um afinamento difícil de fazer no dia a dia devido à complexidade dessa decisão e as realidades diferentes em cada cidade.”