MP dá prazo para solução à falta de água em Marialva e prefeita anuncia as primeiras ações

Cheroni diz que vai acabar com o problema da falta de água em Marialva

As recomendações do MP ocorrem a partir vistoria da Vigilância Sanitária no ano passado Foto: MPPR

A prefeitura de Marialva inicia medidas para acabar com o problema crônica da falta de água que atinge toda a população durante o período de inverno, quando as chuvas rareiam e o lençol freático baixa tanto que seca os poços artesianos que abastecem a cidade. Outro enfrentamento que a prefeitura terá que adotar para acabar ou pelo menos reduzir os problemas no abastecimento será a cobrança de contas que estão atrasadas há anos. A inadimplência já soma quase R$ 10 milhões.

As medidas foram anunciadas na tarde desta quarta-feira, 16, pela prefeita Flávia Cheroni, que afirmou que os compromissos fazem parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a municipalidade e o Ministério Público.

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Cheroni destacou que o acordo representa um marco de responsabilidade e compromisso da atual gestão com a saúde pública e a qualidade de vida da população marialvense. Enalteceu também a pressão do Ministério Público para um plano de metas com prazos, mesmo com um curto período da nova gestão e sendo que os problemas estão sendo herdados de administrações passadas.

Em outras palavras, a prefeita que  assumiu há três meses terá que correr atrás do relógio para dar conta em poucos dias para problemas que administrações anteriores passaram décadas empurrando com a barriga.

“Esse é um passo firme e necessário para garantir saúde pública, sustentabilidade e qualidade de vida. São problemas graves que herdamos de gestões passadas, mas vamos trabalhar para resolver pensando no futuro”, afirmou a prefeita.

As medidas estão sendo anunciadas depois que um Inquérito Civil apurou uma série de irregularidades no sistema de abastecimento de água e na rede de esgoto de Marialva. As falhas foram apontadas em um relatório técnico da 15ª Regional de Saúde após inspeções da Vigilância Sanitária no ano passado.

O TAC firmado com a Promotoria Pública estabelece 33 ações prioritárias, com prazos que variam de 30 dias a 48 meses, sob pena de multa diária de R$ 1 mil por cada item não cumprido.

Prefeita Flávia Cheroni garantiu que sua administração vai enfrentar o problema que as administrações anteriores empurraram com a barriga Foto: Gilmar Ferreira / Diário de Maringá

Entre as principais exigências constantes no Termo de Ajustamento estão

Todas as ações assumidas no TAC deverão ser documentadas com relatórios técnicos acompanhados de fotos e vídeos, enviados ao Ministério Público em até 10 dias após o vencimento de cada prazo. Essas recomendações haviam sido feitas ao ex-prefeito Victor Martini (PP), mas o mandato acabou sem que fossem tomadas providências, deixando a herança para Flávia Cheroni, que assumiu em 1º de janeiro.

 

 

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