O Paraná vai começar vacinar em combate ao coronavírus pessoas com comorbidades, deficiência permanente, grávidas e mulheres que tiveram filhos recentemente com a nova remessa de imunizantes que chegou hoje de manhã. Ao todo, 391.500 doses da Covishield, da Universidade de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz foram enviadas pelo Ministério da Saúde ao Estado, que adicionadas às 14.600 unidades da Coronavac, feitas pelo Instituto Butantan/Sinovac, entregues no último sábado (1º), totalizam 406.100 doses à disposição para aplicação na população paranaense.
32.760 doses de imunizantes da farmacêutica norte-americana Pfizer, fabricadas em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNtech que chegariam hoje, foram adiadas. A previsão é que desembarquem no Aeroporto Internacional Afonso Pena, na Região Metropolitana de Curitiba, hoje a noite, perto das 19 horas.
As vacinas constituem o 16° lote enviado ao Paraná, que serão distribuídas amanhã para as 22 Regionais que formam a rede de saúde do Estado para que as cidades possam prosseguir com a imunização. A informação foi dada pelo secretário estadual da Saúde, Beto Preto, que recebeu as vacinas no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).
Os imunizantes são transportados por aeronaves para as regiões mais afastadas de Curitiba, e por via terrestre para as divisões de Paranaguá, Metropolitana, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco, Francisco Beltrão, Londrina, Telêmaco Borba e Ivaiporã.
Em relação a quantia de vacinas AstraZeneca/Fiocruz, de acordo com o método nacional e estadual de vacinação, serão destinadas 235.991 doses D1 para aplicação em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, além de indivíduos com deficiência permanente grave.
Estimativa
O Paraná estima em 1.729.359 a quantia de pessoas incluídas nesses segmentos. Do lote da Covishield, serão 116.269 imunizantes para dar seguimento a vacinação na primeira dose para idosos com 60 a 64 anos, isto é, cerca de 21%. O restante é guardado como reserva técnica.
“Todas as gestantes podem ser vacinadas nesta etapa. Já puérperas, apenas as que apresentam comorbidades. Essas doses são reservadas para casos mais graves, como pacientes que realizam hemodiálise, pacientes renais crônicos, pessoas com Síndrome de Down, cardiopatias graves, doenças pneumáticas severas, diabetes médios e graves, câncer, trasplantados e imunossuprimidos”, disse Beto Preto.
As pessoas com Síndrome de Down, com doença renal crônica, gestantes e puérperas serão imunizadas independentemente da idade, enquanto a vacinação daquelas com comorbidades ou deficiência permanente severa, nesse primeiro momento, alcançará apenas aqueles que têm entre 55 e 59 anos, depois de 50 a 54 anos, e assim sucessivamente.
Prontuário
Quem apresentar comorbidades deve comprovar doença para receber o imunizante. De acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI), o indivíduo que tiver câncer, for transplantado ou imunossuprimido, ou seja, quando tem os mecanismos de defesa comprometidos, só poderá ser vacinado com a prescrição médica. No caso de quem já faz acompanhamento médico no Sistema único de Saúde (SUS), as informações estão no prontuário do paciente.
Os outros membros do grupo podem apresentar exames, receita ou atestado médico, além do formulário criado e concedido no Portal do Conselho Regional de Medicina (CRM), preenchido por um médico.
“Já os pacientes acompanhados pela rede privada precisarão apresentar uma declaração do médico que os acompanha. A declaração modelo está disponibilizada no Portal do Conselho Regional de Medicina do Paraná”, ressaltou Beto Preto.
Doses
As unidades da Coronavac/Butantan serão destinadas para 2.747 primeiras doses em profissionais da segurança pública e salvamento, além das Forças Armadas, o que equivale a aproximadamente 7,4% desse grupo. Também serão aplicadas 8.103 segundas doses relativas ao lote 12 em trabalhadores de saúde e 2.339 doses em profissionais da segurança pública e salvamento, referentes aos lotes 13 e 14.
As doses do imunizante da Pfizer que serão enviadas hoje pelo Ministério da Saúde ficarão em Curitiba, por causa das particularidades técnicas e exigências de armazenamento que exigem temperaturas muito baixas. A norma segue recomendação da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde cedeu o pátio do Cemepar, onde as vacinas serão recebidas e armazenadas, e na sequência, distribuídas, para que a Prefeitura de Curitiba possa realizar a imunização. O Estado tem nove freezers para armazenamento das vacinas, sendo que sete são de ultrabaixa temperatura (-80ºC) e dois são de temperatura de -20ºC. A determinação final do lugar onde ocorrerá a imunização será do ente municipal.