A Polícia Penal do Paraná recebeu na semana passada mais uma remessa de exemplares do projeto Viagem do Livro, desenvolvido pela Rede Evangelizar. A entrega deste mês será destinada à Cadeia Pública de Paranacity, na região de Maringá, onde os livros vão compor o acervo da primeira biblioteca da unidade.
O projeto realiza, mensalmente, a doação de 300 livros de literatura e espiritualidade, contemplando diferentes tradições religiosas, filosóficas e culturais para a Polícia Penal do Paraná. Desde o início da parceria, já foram entregues aproximadamente 2.400 exemplares a diversas unidades penais do estado.
Além de ampliar o acesso à leitura, as obras doadas reforçam programas como o Remição pela Leitura, que permite a redução de pena por meio da produção de resenhas avaliadas por professores, conforme regulamentação do Conselho Nacional de Justiça – o cálculo prevê quatro dias a menos de pena a cada livro lido, tendo o limite de um livro por mês.
Para a chefe da Divisão de Educação da PPPR, Lisiane Antonelli, “são atitudes assim que fazem com que o nosso trabalho seja reconhecido. Esse é o nosso objetivo: proporcionar meios pelos quais as pessoas em situação de prisão encontrem uma oportunidade para mudar de vida”.
Unidades como a Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), Penitenciária Central do Estado – Unidade de Progressão (PCE-UP), Unidade de Segurança (PCE-US), Centro de Progressão ao Apoio à Inclusão (CPAI), Penitenciária Feminina de Piraquara (PFP), Complexo de Curitiba (CCP) e Centro de Custódia de São José dos Pinhais (CCSJP) já foram contempladas com as remessas anteriores.
A formação da primeira biblioteca da Cadeia Pública de Paranacity marca um passo importante no fortalecimento da política de acesso à educação no sistema penal, garantindo o direito à leitura como parte do processo de reintegração social.
“A importância é enorme. A leitura e estudo são uma necessidade da pessoa privada de liberdade (PPL), então essa doação dos livros vem acrescentar muito. Nossa biblioteca será um passo essencial para a reintegração dos custodiados, que terão a oportunidade de abrir seus horizontes”, afirmou Claudeir Leodoro, diretor da unidade.
Juntos às doações mensais, o projeto também promove oficinas, palestras e atividades culturais, com o apoio de voluntários.
“Ficamos muito contentes de poder participar de um projeto tão positivo e transformador que é este com as pessoas privadas de liberdade. A gente sabe que elas saem daqui muito melhores do que entraram”, ressalta a coordenadora de projetos sociais da Rede Evangelizar, Juliane Gonçalves.
A iniciativa integra as ações de reintegração social no sistema prisional, conforme previsto na Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84), e colabora diretamente com programas de incentivo à leitura em espaços de privação de liberdade.
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