Arrendatários de terras mais férteis, de texturas argilosas, sofrem menos pressão que seus colegas de solos arenosos. Isso foi o que o Rally Cocamar de Produtividade constatou em visita a produtores em áreas de solos argilosos no município de Rolândia, norte do Paraná, onde eles estavam semeando a soja, na última semana.
O Rally foi acompanhado pelo engenheiro agrônomo Marcos Alteia, da unidade de Cambé, e o gerente técnico da cooperativa, Rafael Furlanetto.
A justificativa é que em solos férteis a produtividade é naturalmente melhor, além de apresentarem mais resiliência a uma eventual estiagem. Foi o que comentou o produtor Rodrigo Zabini, cuja família cultiva 170 alqueires, dos quais 50 próprios.
Segundo Zabini, isto não significa que o produtor se dê o direito de investir menos. “Temos que contar com as tecnologias para produzir”, salienta, considerando que o arrendatário tem um custo mais alto que o proprietário porque, além das despesas com insumos e operação, precisa remunerar o dono das terras.
Por isso, em paralelo à assistência técnica do agrônomo Marcos Alteia, Zabini conta com os serviços do Grupo Mais de consultoria especializada, da Cocamar, prestados na região pelo engenheiro agrônomo Osmar Buratto.
Ele relata que faz correções regularmente do solo com calcário, fósforo e potássio, aplica a adubação recomendada e para aumentar ainda mais a eficiência, adquiriu uma plantadeira John Deere com corte de seção e está começando a investir em agricultura de precisão.
Na safra anterior (2023/24), em que o clima não ajudou tanto, a média de produtividade foi de 133 sacas por alqueire, abaixo do potencial, que seria de 170 sacas. “Estamos trabalhando para alcançar essa produtividade ou mais”, comenta Zabini, que cultiva trigo e milho no inverno e trabalha ao lado do pai Antônio, seus irmãos Rafael e Fernando e o filho Luís Felipe.
“O uso de calcário ajuda muito na resposta da produtividade”, observa o produtor Almir Rogério Chiconato, que cultiva 60 alqueires no município, dos quais 7 próprios. “O solo daqui dá uma certa tranquilidade ao arrendatário, mas nada é garantido”, adverte.
Na safra passada, a média em seus talhões foi de 146 sacas por alqueire, mas, por causa da falta de chuvas em períodos mais críticos, alguns produtores da região tiveram médias muito baixas, ao redor de 60 sacas. “Com tudo o que estamos fazendo e se o tempo ajudar um pouquinho, nossa expectativa é alcançar de 160 a 170 sacas por alqueire”, completa Chiconato.
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A eficiência na produção é também um objetivo a que o produtor Wellington Seiti Otaki se propõe a alcançar. Aos 32 anos, esse engenheiro de produção que deixou o emprego na cidade para cuidar dos negócios da família, também contratou a consultoria do Grupo Mais e, além de investir na correção e na reestruturação da fertilidade do solo, já começa a fazer agricultura de precisão na propriedade de 25 alqueires, almejando nesta safra uma média de pelo menos 180 sacas por alqueire.
“Hoje o meu negócio é a agricultura”, diz Otaki, cuja família possui terras em Marialva (PR) e na Bahia, as quais se encontram arrendadas.
Além do apoio técnico da Cocamar, o produtor faz questão de reconhecer, em Rolândia, a parceria do funcionário Antônio e seu filho Diego.
O Rally Cocamar de Produtividade, que está precorrendo municípios da área de abrangência da Cooperativa Agroindustrial de Maringá (Cocamar) há 10 anosm conta com o patrocínio da Ourofino Agrociência, Seguradora Sombrero, Fertilizantes Viridian, Sicredi Dexis, Nissan Bonsai Motors e Texaco.
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