O selo do Susaf vai certificar produtos industrializados coloniais, derivados de carne, leite, pescado, ovos e mel podem ser vendidos livremente entre os municípios de todo o Estado.
O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar e de Pequeno Porte (Susaf), que possibilita que produtos da agricultura familiar de origem animal possam ser comercializados em qualquer município do Paraná, poderá ser implantado nos 30 municípios da região de Maringá que integram a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep).
O Susaf consiste em um selo impresso nas embalagens ou rótulos para que as agroindústrias inspecionadas e indicadas pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM) possam vender livremente os produtos de origem animal nos outros municípios do Estado. Normalmente o SIM autoriza a comercialização somente nos limites do município que faz a inspeção.
O assunto já está sendo debatido entre a diretoria da Amusep, Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura e Abastecimento e seus benefícios serão repassados aos prefeitos da região em uma reunião prevista para maio.
Os detalhes iniciais da retomada do projeto foram definidos durante reunião na sede da Amusep entre o presidente da entidade prefeito de Santa Fé, Fernando Brambilla (MDB), o chefe do Núcleo da Seab, Jucival Pereira de Sá, a gerente Regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Ana Paula Moser, e os fiscais Eric Waltz Vieira Messias e Maria Cândida Córdova Wolff.
- Agroindústrias familiares do sudoeste saem na frente
Horizonte amplo
Regulamentado pela Lei 10.502, de 18 de janeiro de 2017, o Susaf criou um regime para tornar possível a venda de produtos de origem animal fabricados pelos integrantes da agricultura familiar e de agroindústrias de pequeno porte, além dos limites dos municípios onde as unidades estão instaladas. “Com o Susaf, o horizonte de comercialização se amplia para todas as 399 cidades do Paraná. Com a vantagem adicional, de eliminar os riscos, hoje existentes, com a venda clandestina”, destaca Jucival.
Fernando Brambilla explica que o primeiro passo será mobilizar os prefeitos, os secretários responsáveis pela área da agricultura e os médicos-veterinários que atuam nos 30 municípios da região. A ideia é realizar um evento onde os gestores possam esclarecer dúvidas e ouçam um representante de uma cidade que já adotou o Susaf. “Vamos mostrar quais os ganhos financeiros para os agricultores, que vão poder circular livremente com os produtos, e, também, os reflexos na geração de empregos e na arrecadação própria das prefeituras”, ressalta.
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