Hospital Universitário da UEL atinge 216 transplantes de medula óssea

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Foto: HU/UEL

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O Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná, vinculado à Universidade Estadual de Londrina (UEL), atingiu 216 transplantes de medula óssea. A quantia engloba o período de setembro de 2010, quando foi realizado o primeiro processo, a janeiro deste ano.

São transplantes autólogos, como autogênico ou auto-transplante, isto é, o paciente é o próprio doador. Com esse resultado, a Unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO) alcançou o cálculo inicial do número de transplantes que havia sido combinado entre os gestores no início das atividades deste serviço.

Segundo o Plano Diretor de Regionalização do Paraná, a unidade, que faz apenas transplantes autólogos, atende pacientes atendidos por 10 Regionais de Saúde, incluindo aproximadamente 3,5 milhões de habitantes da região.

“A TMO do Hospital da UEL é um serviço de alta complexidade e de extrema importância para a descentralização dos transplantes no Paraná”, disse Letícia Gordan, médica encarregada pela unidade.

Transplante de medula óssea

A medula óssea, mais conhecida como “tutano”, é um tecido gelatinoso localizado no interior dos ossos. Na medula são fabricadas as hemácias, incumbidas pelo transporte de oxigênio e gás carbônico; os leucócitos, que protegem o corpo das infecções, e as plaquetas, que consistem o sistema de coagulação do sangue.

O processo de transplante de medula óssea é categorizado conforme o tipo de doador, podendo ser autólogo ou alogênico. O transplante autólogo é recomendado para tratamento de algumas das doenças onco-hematológicas, como o mieloma múltiplo, linfomas, alguns subtipos de leucemia e tumores de células germinativas/neuroblastoma.

“Cerca de 20 a 30% dos pacientes, com indicação de TMO autólogo, são elegíveis para o procedimento propriamente dito”, afirmou Letícia. A outra maneira de ffazer o transplante é o alogênico, no qual as células-tronco são naturais de um doador para o receptor. Os dois têm como intuito substituir a medula doente por uma saudável.

TMO

A unidade de TMO do HU/UEL abrange desde 2004, a Rede Paranaense de Terapia Celular, projeto custeado pela Unidade Gestora do Fundo Paraná, da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Segundo os dados da TMO do HU, entre 2010 e 2020, 190 pacientes foram sujeitos a transplante autólogo, sendo o maior número com diagnóstico de mieloma múltiplo, em 55,3% e linfoma, em 39,9% Grande parte deles está na faixa etária entre 15 e 71 anos.

Com a pandemia de coronavírus, a quantia de transplantes caiu 30% em relação ao ano de 2019. A médica revela que há uma grande demanda de pacientes onco-hematológicos para transplante autólogo e alogênico na região, e que a pandemia ocasionou uma expansão de pessoas que aguardam na fila.

“Acredita-se na necessidade de futuros acordos com os gestores para proporcionar para Londrina e região a disponibilidade de mais leitos, facilitando o deslocamento e acesso mais precoce a um serviço de transplante.”

Leitos

A TMO do HU contabiliza três leitos e é formada  por uma equipe multiprofissional de médicos, enfermeiros, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social, farmacêuticos e bioquímicos, odontólogo, técnicos administrativos e técnicos operacionais, que seguem as mesmas normas de atendimento humanizado aos pacientes e familiares do hospital e do HumanizaSUS.

Na inserção da Unidade de TMO, a estimativa inicial do número de transplantes ao ano foi de cerca de 25 a 30, o que iguala a 2,5 transplantes/mês, quantia compatível com a capacidade instalada de leitos e tempo médio de internamento dos pacientes em 30 dias.

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