A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anulou a notificação que possibilitava a importação do spray nasal israelense Taffix. O produto garante dificultar o vírus que entra nas células do nariz, incluindo a covid-19. A determinação da agência está publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje.
Conforme a agência, o cancelamento foi devido a falta de estudos de comprovação da eficiência do spray em combate ao coronavírus por parte da empresa encarregada pela importação do produto, a Belcher Farmacêutica. A importadora divulgou que a primeira remessa dele chegaria ao Brasil em fevereiro e estaria à disposição em todas as famácias.
“Após receber a autorização de notificação, em 31/12, o produto apresentou alegações de ser bloqueador de vírus dentro da cavidade nasal e ser altamente eficaz no bloqueio de vários vírus respiratórios, incluído o Sars-CoV-2. No entanto, não foram apresentados estudos clínicos que comprovem eficácia para esse fim, o que torna necessário o seu cancelamento imediato”, afirmou a Anvisa.
A identificação inicial ocorreu por meio do Programa de Auditoria de Dispositivos Médicos Isentos de Registro (Notificados – Risco Baixo), que é incumbido por conferir as normas e condições técnicas de produtos. “A Agência esclarece que as empresas responsáveis que desejarem regularizar sprays antivirais devem comprovar todas as indicações de uso propostas por meio de estudos clínicos.”
O Taffix, produzido pela biofarmacêutica israelense Nasus Pharma, foi notificado no dia 30 de dezembro do ano passado. De acordo com a fabricante, o spray não é um medicamento, porém, um produto para saúde. “O Taffix caracteriza-se, ainda, como um produto para saúde de classe II, considerado de médio risco e classificado como uma barreira mecânica protetora contra alérgenos e vírus dentro da cavidade nasal. Dessa forma, o spray não se enquadra como um medicamento e não apresenta finalidade terapêutica, curativa ou diagnóstica.”