Nesta terça-feira, 10 junho, Alcoólicos Anônimos completou 90 anos, período em que chegou a 180 países e ajuda milhões de pessoas que sofrem com o alcoolismo a levar uma vida ‘normal’, o que impacta também milhões de famílias com sofriam com a doença de pais, filhos, maridos, esposas.
Na avaliação da psicóloga, conselheira em dependência química e especialista em aconselhamento familiar Maria Luiza Lemos Dutra, iniciativas como o AA são maravilhosas, pois grupos de apoio com esse perfil se baseiam somente na conversa, na troca de experiências e depoimentos. “Funciona através de um programa que é conhecido como ‘Doze passos’. A pessoa que entra lá, e quer se tratar, consegue. Sai como uma nova pessoa, pronta para a vida”, resume. “É realmente terapêutico”, destacando que é uma organização aberta, sem custos e tampouco chefes.
“O alcoolismo é uma doença multifacetada”, diz Dutra. Esse mal atinge a família, o trabalho, as relações sociais, a saúde física e até espiritual. É um problema que afeta a todos, sem distinção de classe social, sexo, idade.
“O álcool traz uma ilusão, traz uma sensação de bem-estar. A partir do momento que a pessoa bebe o primeiro gole, esquece dos problemas. Mas é enganoso”, explica a psicóloga durante entrevista nos estúdios do jornal O Maringá. Ela acrescenta que essa bebida age numa área do cérebro, causando um efeito de alívio e prazer por determinado tempo. Depois, começa a cobrar seu preço, quando se torna vício e destrói vidas.