Em Maringá, Base Aeromédica cada vez mais ágil, comemora mais de 5 mil atendimentos

Base Aeromédica de Maringá realizou 5,1 mil atendimentos em 8 anos - Foto: Sesa

Já são 5,1 mil atendimentos garantindo assistência rápida e eficaz em casos críticos, como acidentes de trânsito, infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). A Base Aeromédica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em Maringá comemorou, nesta terça-feira, 26, oito anos de serviços prestados às regiões Norte e Noroeste do Paraná.

O helicóptero da base opera em um raio de até 250 quilômetros, sendo tripulado por um comandante, um médico e um enfermeiro. Sua atuação abrange transferências inter-hospitalares para centros de referência, atendimento a acidentes em rodovias e apoio ao Sistema Estadual de Transplantes.

O helicóptero da base opera em um raio de até 250 quilômetros, sendo tripulado por um comandante, um médico e um enfermeiro – Foto: Sesa

De acordo com informações da Base, antes da implantação do serviço, pacientes infartados, por exemplo, podiam esperar mais de 12 horas por um tratamento como a angioplastia. Agora, o tempo médio para chegar à unidade de referência é de apenas duas horas e meia.

O coordenador médico da base em Maringá, Maurício Lemos, disse que antes desse modelo de atendimento os pacientes gravemente feridos que estavam a mais de 30 quilômetros de um hospital tinham o quadro agravado até receberem atendimento. “Hoje, esses pacientes já recebem cuidados especializados no local do acidente, de forma ágil e precisa.”

Equipe

A equipe composta por sete médicos, sete enfermeiros, dois pilotos e dois mecânicos. A base realiza, em média, de sete a dez atendimentos por semana, acumulando 50 a 60 horas de voo mensais. Desde sua implantação, em 2016, quando registrou 32 atendimentos, o número cresceu 1884%, atingindo 635 no ano passado. Até outubro deste ano, já são 511 atendimentos realizados.

A equipe composta por sete médicos, sete enfermeiros, dois pilotos e dois mecânicos – Foto: Sesa

“Celebramos nesta data, não apenas a longevidade do serviço, mas também o impacto positivo que ele trouxe para milhares de vidas. Agradeço a cada profissional pelo sacrifício e pela dedicação incansável em salvar vidas”, comentou Vinícius Filipak, gestor da Unidade Aérea Pública da Sesa.

Referência

O atendimento aeromédico do Paraná é reconhecido nacionalmente. Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, cobre todo o estado com cinco bases estratégicas localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Além de atender vítimas de trauma, o serviço realiza transporte de órgãos para transplantes, sendo uma peça-chave no sistema de saúde estadual.

A base de Maringá também se destaca por ser a primeira do Paraná a empregar hemotransfusão em vítimas graves diretamente na cena de trauma, beneficiando 40 pacientes até agora.

Investimento

O serviço aeromédico é financiado pelo Governo do Estado, por meio da Sesa. Em 2024, o contrato com a empresa Helisul, responsável pelos helicópteros de quatro bases e pelo avião de Curitiba, soma até outubro R$ 63,4 milhões, um aumento de 64,5% em relação a 2019, quando o repasse foi de R$ 38,5 milhões.

Por meio de termo de cooperação técnica com a com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), a Sesa destinou em 2024, R$ 14,8 milhões ao Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e R$ 4,3 milhões para custear as equipes médicas do Samu que atuam nos atendimentos.

Este ano, o serviço aeromédico do Paraná já atendeu 3.292 pacientes. Em 2023, o estado registrou um recorde histórico, com 4.003 atendimentos. Além de resgates e transferências, esses números incluem o transporte de órgãos, reforçando o papel essencial do serviço na saúde pública.

 

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