O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, confirmou ontem que o período entre a aplicação da primeira e segunda dose do imunizante da Pfizer vai ser diminuído para 21 dias. Antes era necessário esperar três meses para tomar a segunda aplicação do medicamento em combate ao coronavírus.
O aviso foi dado pelo secretário para jornalistas, porém, não foi dito quando a alteração vai ser feita. “Precisa ver qual é o melhor timing disso, mas que vai diminuir, vai”, afirmou.
Embora tenha redução no intervalo, Cruz ressaltou que vai aguardar para saber quantas doses o Brasil receberá do imunizante em agosto. “Vamos conversar com o laboratório para ver qual o cenário do próximo mês de entrega das doses. Além da questão da epidemia, precisamos verificar o cenário de abastecimento.”
“A gente está só vendo com Conass (Conselho de Secretários Estaduais de Saúde) e Conasems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde), na tripartite, para ver qual é a melhor data para diminuir o prazo de 3 meses para 21 dias. Então encurtando o prazo ficando o mínimo pontuado pela Pfizer”, disse o secretário-executivo.
A definição de diminuir o intervalo entre as doses da vacina tem como intuito conter o progresso da variante indiana da covid-19 a Delta.
Uma pesquisa do laboratório francês Pasteur revela que a primeira dose da Pfizer tem uma proteção de somente 10% em combate a variante. De outra maneira, com as duas doses tomadas, a taxa sobe para 95%.
A bula da vacina da farmacêutica americana já aconselha os 21 dias. O governo brasileiro escolheu por expandir o prazo para que o maior número possível de pessoas recebessem a primeira dose.
“A gente precisa verificar o cenário de abastecimento, porque a Câmara Técnica já sinalizou que é interessante avançar a imunização em primeira dose e, só então, quando a gente tiver um cenário mais tranquilo de imunizados com a primeira dose, a gente reduz o prazo para completar a imunização”, explicou Rodrigo Cruz a respeito do atual prazo de três meses.