O preço de remédios para hospitais caiu em 1,9% em julho, de acordo com informações publicadas hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com a Bionexo.
A segunda queda frequente do indicador é também o segundo maior recuo mensal da série histórica da taxa, que começou em janeiro de 2015. Mesmo com a sequência negativa, o preço dos medicamentos reúne ganho de 8,37% nos últimos 12 meses e já subiu 12,5% entre janeiro e julho deste ano.
Segundo dados apresentados pelo Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), a queda de preços no mês de julho foi liderada pelos medicamentos para o sistema nervoso (- 8,94%), sistema musculoesquelético (-6,18%) e anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-3,38%).
Também ficaram mais em conta os remédios para o aparelho cardiovascular (-2,61%), agentes antineoplásicos (-1,05%), aparelho respiratório (-0,82%) e preparados hormonais (-0,49%).
Em contrapartida, estão mais caros os remédios usados para o aparelho digestivo e metabolismo (+2,37%), imunoterápicos, imunizantes e antialérgicos (+1,4%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+1,16%) e aqueles utilizados em órgãos sensitivos (+0,32%) e no aparelho geniturinário (+0,14%).
“Com o aumento da incerteza e a consequente depreciação expressiva da moeda brasileira, o custo de aquisição de medicamentos, de insumos da indústria e de transporte de produtos também se tornou mais elevado”, disseram os pesquisadores do indicador ao mencionarem a consequência da pandemia de coronavírus no preço dos medicamentos.