Saiba como lidar com situações de agressividade em crianças e adolescentes

A psicóloga Wérica Nunes Pinheiro de Matos dá dicas sobre o assunto; Pais estão inseguros e não sabem como agir

Saiba como lidar com situações de agressividade em crianças e adolescentes

Wérica em atendimento com Débora Mantovani Batista- Foto: Arquivo Pessoal

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Situações de agressividade e irritação são habituais em crianças e adolescentes, porém, com o surgimento da pandemia, essas circunstâncias tem acontecido de maneira mais constante. O contexto é delicado e difícil de ser resolvido, o que faz muitos pais apresentarem inseguranças e incertezas do que existe por trás das atitudes nervosas, além de não saberem a forma apropriada para agir.

Wérica Nunes Pinheiro de Matos é psicóloga e atende crianças, adolescentes e adultos em Iguaraçu e Maringá. Para ela, a pandemia mudou a vida das pessoas e estamos vivendo momentos difíceis, que afetam desde o financeiro, a saúde física e também a mental, onde o diagnóstico de patologias como a depressão, obesidade e compulsividade vem aumentando. “Ao contrário do que muitos pensam, essas patologias também têm sido diagnosticadas precocemente. Nossas crianças mudaram suas rotinas. O distanciamento social é a maior dificuldade em lidar com diversos aspectos da criança em casa.

Afastadas da escola, do convívio com outras crianças, do espaço lúdico da própria escola, parques e de outros locais de sociabilização, acabam ficando com toda a energia represada, e os pais perdidos, sem saberem como lidar”, diz.

Ainda de acordo com a psicóloga, crianças precisam de outras para formarem as identidades. “A falta de atividades e o espaço limitado traz o tédio, desânimo, falta de interesse das atividades e dificuldade de concentração nas aulas remotas. O que é visível é a mudança de humor, irritabilidade, interesse em jogos e celulares (onde o permite sair da vida real).”

Dessa maneira, a criança precisa estar ativa e também necessita ocupar a mente, o que faz ela adquirir novos conhecimentos, que ajudam na formação da identidade. Quando é perdido a essência, fica um vazio, que requer à vontade em suprir em algo. Conforme Wérica, com a ausência é formada a angústia, ansiedade e até compulsividades. “O que ela necessita é interação, de conviver com  a sociedade, realizar atividades que a façam bem, que façam se conhecer e se descobrir”, afirma.

Nível de neurose

As pessoas estão desenvolvendo o nível de neurose. Segundo a psicóloga Wérica Nunes Pinheiro de Matos, as crianças têm sofrido e têm demonstrado sinais nos comportamentos. Na terapia, quando são realizados testes e técnicas lúdicas, é possível avistar o nível de sofrimento. Já nos adolescentes, é visto por meio do isolamento e do silêncio, reprimindo todo sentimento em irritabilidade. Na terapia é aprendido como lidar com esses sentimentos com testes e exercícios técnicos.

Sofrimento

De acordo com Wérica, alteração no padrão do sono e na alimentação, dificuldade de concentração, agitação, tristeza e isolamento, não são comportamentos comuns. “Isso pode significar que seu filho está te dando sinais de alerta que está sofrendo psicologicamente. Procure o início de tratamento com terapia o quanto antes, pois o principal objetivo da terapia psicológica, não é transportar o paciente para um impossível estado de felicidade, mas sim ajudá-lo a adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor. Quem não se arrisca para além da realidade jamais encontrará a verdade.”

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