Nome histórico do mercado brasileiro de quadrinhos, principalmente com a saudosa Ebal, o editor Adolfo Aizen (1904-1991) é homenageado em novo prêmio da Biblioteca Nacional dedicado à Nona Arte.
A notícia foi anunciada pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura – nesta terça-feira, 30 de janeiro, Dia do Quadrinho Nacional.
O jornalista de origem judaica e russa, naturalizado brasileiro, trouxe dos EUA e licenciou por aqui os primeiros HQs com heróis como Mandrake e Flash Gordon. Aizen foi pioneiro na produção de suplementos em quadrinhos nos jornais do país, no periódico A Nação, em 1934. Foi também fundador da primeira editora nacional especializada no gênero: a Editora Brasil-América Limitada (Ebal), que funcionou entre 1945 e 1995.
O prêmio Adolfo Aizen será concedido anualmente, junto com as demais categorias do Prêmio Literário Biblioteca Nacional, com premiação de R$ 30 mil para o trabalho vencedor. O prazo para inscrições e as regras para participação serão divulgadas em edital a ser lançado pela FBN.
Prêmio
Considerado um dos mais importantes do Brasil, celebra 30 anos em 2024. Atualmente, é dividido em doze categorias: Poesia (Prêmio Alphonsus de Guimaraens), Romance (Prêmio Machado de Assis), Conto (Prêmio Clarice Lispector), Tradução (Prêmio Paulo Rónai), Ensaio Social (Prêmio Sérgio Buarque de Holanda), Ensaio Literário (Prêmio Mario de Andrade), Projeto Gráfico (Prêmio Aloísio Magalhães), Literatura Infantil (Prêmio Sylvia Orthof), Literatura Juvenil (Prêmio Glória Pondé), Histórias de Tradição Oral (Prêmio Akuli), Histórias em Quadrinhos (Prêmio Adolfo Aizen), Ilustração (nome em definição). A premiação é de R$ 30 mil por categoria. Os resultados são divulgados no Diário Oficial da União e no portal da Biblioteca Nacional.