Diretor italiano Sergio Leone completaria 95 anos de idade nesta quarta-feira (3)

Sergio Leone

Leone revolucionou cinema de faroeste (Crédito: Divulgação)

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

Um dos principais diretores italianos da história, o romano Sergio Leone completaria 95 anos de idade nesta quarta-feira, 3 de janeiro, caso ainda fosse vivo. Ele nasceu em Roma, no dia 3 de janeiro de 1929, vindo a falecer em 30 de abril de 1989. Como legado, filmes que redefiniram o gênero do faroeste no cinema.

Basta dizer que Leone dirigiu a famosa Trilogia dos Dólares, em meados dos anos de 1960. São três filmes encabeçados pelo ator norte-americano Clint Eastwood que se tornaram objeto de culto pela narrativa recheada de close ups asfixiantes, trilha sonora de Ennio Morricone e tempo distendido. Anote aí: “Por um punhado de dólares” (1964), “Por uns dólares a mais” (1965) e “Três homens em conflito” (1966).

Essa trinca consolidou o chamado “western spaghetti”, ou seja, a versão italianada (ou “macarrônica”) de um tipo de filme essencialmente norte-americano, o western (ou bang-bang). Nesse trio, o então jovem e desconhecido Eastwood vive praticamente o mesmo personagem: um pistoleiro solitário, de poucas palavras, cara de mau e rápido no gatilho. Ah, sempre vestido com um poncho que esconde suas armas.

No primeiro longa-metragem da trilogia, o “estrangeiro sem nome” está no fogo-cruzado de duas famílias rivais em San Miguel, cidade mexicana que faz fronteira com os Estados Unidos. Muito espertamente, o pistoleiro passa a oferecer seus serviços para os dois lados. Essa fita também foi identificada como um remake não oficial de “Yojimbo” (1961), do diretor japonês Akira Kurosawa.

Em seguida, Eastwood ganharia a companhia de Lee Van Cleef em “Por uns dólares a mais”. Ambos encarnam caçadores de recompensas no Velho Oeste. Claro que eles serão rivais, até certo tempo. Eles disputam a captura do perigoso Indio (Gian Maria Volonté, ator que participou das duas produções).

E, finalmente, “Três homens em conflito”. Este filme já foi chamado de “O bom, o mau e o feio” no Brasil. Tanto num título quanto noutro, tem-se a presença de Clint Eastwood (o bom), Lee Van Cleef (o mau) e Eli Wallach (o feio). Durante a Guerra Civil Americana, esse trio decide juntar suas forças para encontrar um tesouro escondido.

O encerramento do filme é um verdadeiro deleite para os aficionados por faroeste, com duelo tenso e distendido.

Clint Eastwood (à dir.) protagoniza a Trilogia dos Dólares (Crédito: Reprodução)

Obra-prima
Em “Era uma vez no Oeste” (1968), Sergio Leone provou que não era apenas um diretor de western spaghetti. Não que seja ruim ser um cineasta associado à versão italianada do tradicional western norte-americano. Mas Leone foi mais longe.

Com Henry Fonda, Charles Bronson, Claudia Cardinale e Jason Robards nos papéis principais, “Era uma vez…” é uma produção que revisita elementos caros ao bang-bang. É um tempo de mudança de valores no Oeste, com a chegada da modernidade.

Cena de abertura de “Era uma vez no Oeste” (Crédito: Reprodução)

Vingança
Para arrematar o western, Leone ainda dirigiu o politicamente rebelde “Quando Explode a Vingança” (1971), que tem os atores James Coburn e Rod Steiger à frente do elenco.

Juan Miranda é um camponês rude com coração de Robin Hood. Sean Mallory é um revolucionário irlandês que é especialista em dinamite e vive agora no México. Após um início complicado eles passam a atuar juntos e se envolvem em um ousado plano de fuga para libertar prisioneiros políticos e na defesa de seus compatriotas contra a milícia de um sádico oficial.

James Coburn e Rod Steiger (Crédito: Reprodução)

América
Do Oeste para a cidade, o diretor romano reuniu James Woods, Robert De Niro, Joe Pesci e grande elenco no magistral “Era uma vez na América” (1984).

A trama narra a vida de David “Noodles” Aaronson e Maximilian “Max” Bercovicz, dois amigos que lideram um grupo de jovens judeus do gueto no crime organizado da cidade de Nova Iorque. O filme explora temas de amizades de infância, amor, luxúria, ganância, traição, perda, relacionamentos quebrados, juntamente com o surgimento de gângsters na sociedade americana.

Morricone
Toda a Trilogia dos Dólares e estes dois últimos são embalados pela trilha sonora imbatível de Ennio Morricone (1928-2020).

Robert De Niro (Noodles) e o diretor Sergio Leone em “Era uma vez na América” (Crédito: Reprodução)

Estreia
Mas a estreia solo de Leone na direção ocorreu em 1961 com “O Colosso de Rodes” (1961). Confira a sinopse: no ano de 280 a.C., Darios, um herói militar grego, visita seu tio em Rodes. A cidade acabou de construir um enorme Colosso em homenagem a Apolo, para guardar o seu porto, e planeja uma aliança com a Fenícia para atacar a Grécia.

Streaming
Para quem quiser aproveitar o aniversário de Sergio Leone, é possível assistir de graça boa parte de sua filmografia no serviço de streaming NetMovies (www.netmovies.com.br).

Documentário
Em 2022, Francesco Zippel lançou o documentário “Sergio Leone – O Italiano que inventou a América” (“Sergio Leone – L’italiano che inventò l’America”, no original em italiano).

Documentário que assinala o recente trigésimo aniversário da morte de Sergio Leone. Nomes como Clint Eastwood, Martin Scorsese, Dario Argento, Steven Spielberg, Quentin Tarantino e outros grandes nomes do cinema se juntam para prestar homenagem ao cineasta visionário mais conhecido como uma das figuras fundadoras do subgênero “western spaghetti ” e autor do esplendoroso “Era Uma Vez no Oeste”.

Um documentário rico com preciosas imagens de arquivo da Cineteca di Bologna que testemunha o percurso de um homem que mudou a sétima arte para sempre.

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

Sair da versão mobile