Projeto sobre Almerinda Gama vence 3ª edição do Prêmio Todavia de Não Ficção

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Crédito: Ilustrativa/Freepik

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Mulher, negra, nordestina, jornalista, datilógrafa, militante feminista, sindicalista, poetisa e musicista. Esta é Almerinda Farias Gama (1899-1999), cuja vida será contada no projeto vencedor da 3ª edição do Prêmio Todavia de Não Ficção.

Segundo o portal PublishNews, foram 228 projetos de biografia e perfil biográfico inscritos entre setembro de 2022 e abril deste ano. Mas esse da jornalista e pesquisadora Cibele Tenório foi o escolhido pelo júri.

Na linha de frente do movimento sufragista brasileiro nos anos de 1930, Almerinda foi uma pioneira entre as mulheres negras na política.

“O fato de ninguém saber sobre a vida da Almerinda Farias Gama, esse silenciamento, tem a ver com o racismo. Há no Brasil já algumas excelentes pesquisas sobre os projetos sufragistas, mas nada sobre ela. Apesar de ela fazer parte desse grupo, destoava por ser negra, por não ter um sobrenome influente, por ser assalariada”, diz Tenório, no site da premiação criada pela editora Todavia.

Segundo o Prêmio, a proposta é de narrar a trajetória de Almerinda a partir de suas memórias, de sua participação na construção da emancipação feminina e de sua experiência sendo “uma mulher negra na sociedade brasileira do pós-abolição”.

Crédito: Reprodução

Autora

A jornalista é doutoranda e mestra em História pela Universidade de Brasília (UnB), estuda o sufrágio feminino e o ingresso das mulheres na política institucional brasileira. Graduada em jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), desde 2005 atua como repórter, roteirista, produtora, editora e apresentadora, com passagens por diversos veículos de imprensa públicos e privados.

Alagoana, mora em Brasília desde 2013, onde é apresentadora e repórter na Rádio Nacional.

Cibele Tenório (Crédito: Reprodução/Todavia)

Entenda
O Prêmio Todavia de Não Ficção – Ano 3 propôs “a produção de biografias e perfis biográficos que apresentem a narrativa de pessoas extraordinárias. Histórias de personagens que seguem pautando – para o bem ou para o mal – nossa realidade e visão de mundo”, diz a página do prêmio.

Os projetos inscritos foram avaliados por um júri formado pela repórter da revista Piauí Angélica Santa Cruz; pela jornalista e escritora Adriana Negreiros, autora de “A vida nunca mais será a mesma: cultura da violência e estupro no Brasil” (Companhia das Letras); pelo escritor e biógrafo de Carolina Maria de Jesus, Tom Farias; e pelo sociólogo Tulio Custódio.

Inclusive, Farias participou em outubro da 10ª edição da Festa Literária Internacional de Maringá (Flim), em bate-papo sobre seu trabalho e principalmente a respeito de Carolina Maria de Jesus, autora do clássico “Quarto de despejo”.

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