Comércio de livros fecha ano de 2023 em queda no Brasil, diz pesquisa

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Crédito: Ilustrativa/Freepik

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O ano de 2023 fechou no vermelho para o setor livreiro, com queda em vendas de livros. É a constatação do 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil de 2023, pesquisa realizada pela Nielsen Book e divulgada nesta quinta-feira, 18 de janeiro, pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livro (Snel).

Segundo o levantamento, o último período do ano passado, marcado pelo Natal, conseguiu movimentar uma bibliodiversidade 1,69% maior, mas não conseguiu superar o volume e o faturamento alcançado no período 13 em 2022.

Em 2022, o período 13 apresentava um volume de 5,77 milhões de livros e um faturamento de R$ 270,69 milhões. Já as 155.491 ISBNs movimentadas no período 13.2023, registraram um volume de venda de 4,99 milhões de livros, arrecadando R$ 263,40 milhões, uma variação negativa de 13,41% em volume e 2,69% em valor.

“No acumulado não é diferente. O ano de 2023 fecha em declínio, registrando um volume de livros 7,13% menor que em 2022 e um faturamento 0,78% menor. Em números reais foram 54,43 milhões de livros movimentados contra 58,61 milhões, e uma arrecadação de R$2,52 bilhões contra R$2,54 bilhões. O que ajudou o faturamento a não ter uma queda maior foi a inflação, sendo notório na variação de preço médio que fecha positiva em 6,83%”, diz o Snel.

Para o country manager da divisão BookScan Brasil, Ismael Borges, o “milagre de fim de ano que salvaria 2023” não aconteceu. “Dezembro performou pior que o mesmo período do ano anterior. Mesmo derrubando o desconto para o menor patamar assistido no ano, dezembro pesou um pouco mais no número final, culminando no segundo pior acumulado do ano, tanto em volume quanto em valor. O destaque absoluto vai para o preço médio do livro, que pela primeira vez fecha o ano acima da inflação desde que existe o monitoramento Bookscan”, diz, via Snel.

Já na avaliação do presidente do Snel, Dante Cid, o mercado editorial atravessou o ano de 2023 em buscas de alternativas que pudessem ocupar, mesmo que parcialmente, o lugar de livrarias físicas e virtuais que saíram do mercado “As feiras e festivais literários e a movimentação contínua de influenciadores digitais no último ano mostram também que o mercado tem espaço para rejuvenescer e encontrar novos leitores”.

Snel
Criado em 1941, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros tem como finalidade o estudo e a coordenação das atividades editoriais, bem como a proteção e a representação legal da categoria de editores de livros e publicações culturais em todo o Brasil.

Como representante da categoria editorial, o Snel é filiado à International Publishers Association (IPA) e ao Centro Regional para el Fomento del Libro en America Latina y el Caribe (Cerlalc). O Sindicato mantém articulações permanentes com diversas entidades, tanto governamentais quanto privadas, com o objetivo de fomentar a política do livro e da leitura no país.

Para mais informações, visite o site www.snel.org.br

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