CPMI do Golpe: aprova a quebra de sigilos de indivíduos investigados

Entre os alvos da investigação, encontra-se o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.

CPMI do Golpe

Brasília (DF) 11/07/2023 Depoimento para CPMI do golpe do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante-de-ordens do então presidente Jair Bolsonaro. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro aprovou, nesta terça-feira (11), requerimentos para a quebra de sigilo bancário, fiscal e de telecomunicações de pessoas e empresas investigadas. Entre os alvos estão Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e George Washington de Oliveira Sousa, condenado por tentativa de atentado próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília.

Os requerimentos foram aprovados antes do depoimento do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que está detido desde maio por suspeita de fraude em cartões de vacinação e suposta participação em conspirações para reverter o resultado eleitoral e intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mensagens encontradas em seu telefone celular reforçam a suspeita de um golpe de Estado.

Durante o depoimento, Cid preferiu permanecer em silêncio diante das perguntas dos parlamentares. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), destacou a necessidade da quebra de sigilos para avançar nas investigações, especialmente no caso de depoentes que não colaboraram com os trabalhos da comissão. Apesar da falta de cooperação de Cid, a oitiva foi considerada produtiva, levando em conta a decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou os depoentes a se calarem diante de perguntas que possam incriminá-los em processos criminais.

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