Maringá integra consórcio para adquirir vacina contra Covid-19

*Prefeito Ulisses Maia afirma que município dispõe de recursos na ordem de R$ 100 milhões a serem investidos na compra dos imunizantes *Secretário Marcos Coriolli não descarta negociaçõe suplemnatres no caso de parceria com união de prefeituras não surtir o efeito esperado

SAÚDE. O objetivo da Prefeitura é obter vacinas de todas as fontes possíveis para imunizar mais rapidamente toda a nossa população. FOTO-AGÊNCIA BRASIL

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

O prefeito Ulisses Maia sancionou na última quinta-feira, 11, a lei que autoriza o município a ingressar na Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) para tentar comprar de forma direta novas doses de vacinas contra o Coronavírus.

Segundo o prefeito, a intenção é de que em Maringá toda a população seja imunizada. Para isso, a prefeitura tem mais de R$ 100 milhões em caixa para comprar as vacinas. “Estamos trabalhando dia e noite para diminuir os impactos da pandemia, trazer tranquilidade para as pessoas. Também para reabrir o setor produtivo e a volta às aulas para que possamos voltar ao nosso caminho normal de desenvolvimento”, declarou o prefeito.

O secretário de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação, Marcos Coriolli explicou que desde o ano passado a prefeitura tem manifestado interesse na compra de vacinas. “A Prefeitura de Maringá iniciou tratativas em 2020 para aquisição de vacinas. Os contatos evoluíram mais especificamente com a empresa Sinovac Chinesa. A empresa afirmou que por questões de política empresarial estava negociando prioritariamente com governos nacionais.

Posteriormente retomamos a negociação quando das decisões do TSE e da tramitação de projeto de lei autorizando a compra de imunizantes por prefeituras”, disse. Apesar da intenção, segundo o secretário, as tratativas em cursos “ainda não chegaram ao ponto de definições de valores, quantidades e recursos”. Enquanto isso, o município mantém a cobrança junto ao governo do Estado para que mais doses sejam enviadas.

“Estamos participando do Consorcio de Municípios, pois este consórcio tem maior poder de negociação que a prefeitura sozinha. No entanto, na eventualidade de o Consórcio dos Municípios não conseguir a quantidade doses necessárias para Maringá, continuaremos a fazer negociações suplementares. O objetivo da Prefeitura é obter vacinas de todas as fontes possíveis para imunizar mais rapidamente toda a nossa população”, completou Cordiolli.

Por trás das estatísticas, famílias enlutadas e perplexas com a perda repentina. Na semana que passou, por exemplo, no dia 9 de março, a morte do coronel aposentado da Polícia Militar Antônio Roberto dos Anjos Padilha – aos 55 anos de idade – chocou amigos e familiares.

Com um histórico e hábitos de vida saudável, o ex-comandante do 4º Batalhão da PM de Maringá morreu após permanecer dias internado na UTI do Hospital Bom Samaritano em Maringá. “Homem sério. Honesto. Competente. Estou muito sentido. Infelizmente, não resistiu à Covid-19. Mais uma grande pessoa que perdemos para o vírus. Triste demais. Que Deus o receba e console todos”, lamentou o prefeito Ulisses Maia.

Em um ano, março é o mês mais devastador

Os primeiros casos de Coronavírus registrados em Maringá completam um ano. E mesmo após 12 meses de pandemia, em que as medidas para a prevenção da doença são conhecidas de grande parte da população, o mês de março já é o mais devastador de todos os tempos. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, entre os dias 1 e 11 de março, foram registrados 106 óbitos de pacientes com a Covid-19 em Maringá. Para se ter uma ideia da proporção deste saldo trágico, nos 31 dias de janeiro, o município contabilizou 62 mortes. Nos 28 dias de fevereiro, também foram 59 mortes contabilizadas nos boletins. Ao longo de 2021, o município teve 227 mortes de pessoas com idades que variam de 1 ano e quatro meses (uma bebê que faleceu em fevereiro) a idosos acima de 90 anos. Além do alto número de mortes, a cidade viu também hospitais de grande porte simplesmente pararem de receber novos pacientes diante da quantidade de pessoas internadas em leitos de UTI. Diante do caos, três hospitais da cidade anunciaram a suspensão de atendimento a novos pacientes. Os hospitais Paraná, Maringá e São Marcos tomaram as medidas por conta da ocupação máxima de todos os leitos. “Até que 70% da população não esteja devidamente imunizada, vacinada, o que nos resta, o que temos todos a fazer é manter o distanciamento, higienizar corretamente as mãos, ter um asseio pessoal e utilizar máscaras. Não há milagres. Não há alternativas a isso. Todos temos que ter responsabilidade e seriedade nesse momento”, disse o médico infectologista José Ricardo Colleti Dias, por meio de um vídeo institucional divulgado pela prefeitura de Maringá. (LS)

Para tentar dar conta da demanda no combate ao Corinavírus, a prefeitura de Maringá, tem, em parceria com o governo do Estado e sociedade civil organizada reforçado a estrutura da saúde nas unidades do município. Na última quarta-feira, 10, a cidade recebeu 10 respiradores que já foram instalados no Hospital Municipal e as Unidades de Pronto Atendimento UPA Sul e Norte.

Outros dois equipamentos chegaram no fim de semana. Foram investidos aproximadamente R$700 mil na aquisição dos equipamentos. “O respirador auxilia no tratamento dos pacientes graves em UTI. Sem esse equipamento é inviável a sobrevida e continuidade do tratamento. É essencial na ventilação e suporte à vida”, explicou o médico e secretário de saúde de Maringá, Marcelo Puzzi. Além dos 12 respiradores comprados pela Prefeitura de Maringá, outros três foram cedidos por municípios da região e um pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim).

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

Sair da versão mobile