Prefeitura de Maringá dá início à vacinação infantil

Prefeitura de Maringá dá início à vacinação infantil

A Prefeitura de Maringá preparou apresentações culturais, atividades de esportes e lazer para as crianças - Foto: Aldemir de Moraes/ PMM

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O Governo Federal anunciou no dia 5 de janeiro de 2022 a inclusão de crianças a partir de cinco a 11 anos na Campanha de Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde, após a aprovação da vacina Pfizer/BioNTech  pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E então no dia 13 de janeiro o primeiro lote de doses pediátricas chegou ao Brasil, para ser distribuído para os Estados e suas Regionais de Saúde.

A imunização contra a Covid-19 em Maringá iniciou na última segunda-feira (17) para esta faixa etária, sendo que o primeiro grupo a ser imunizado foram as crianças com comorbidades e deficiência permanente, seguidas de indígenas e quilombolas, as que vivem em lares com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19, e logo após seguirá por ordem decrescente de idade e sem comorbidades, começando pelos 11 anos até chegar aos cinco anos. Cerca de 60 mil crianças desta faixa etária serão vacinadas na cidade neste mês de janeiro.

 

Esquema vacinal

A Pfizer/BioNTech é o primeiro imunizante liberado pela Anvisa e a dose pediátrica é a cor laranja. O esquema vacinal inclui duas doses com intervalo de oito semanas entre as aplicações.

Já na quinta-feira (20) a Anvisa anunciou a aprovação da vacina CoronaVac (uso emergencial) para crianças e adolescentes entre seis até 17 anos, com restrição de pacientes imunossuprimidos, ou seja, com baixa imunidade. O imunizante será aplicado em duas doses, com intervalo de 28 dias para a segunda dose. A aplicação da CoronaVac dos fabricantes Sinovac (China) e pelo Instituto Butantan, de São Paulo, deverá ser analisada pelo Ministério da Saúde nos próximos dias.

 

Manifestação

Em Maringá aconteceu a “Manifestação Popular pela Liberdade: Juntos somos Livres”, por meio do grupo Patriotas Conservadores, no sábado (22) por volta das 15h na Praça da Catedral, em defesa da não obrigatoriedade do passaporte vacinal e não obrigatoriedade da vacinação infantil. Mobilizações também ocorreram em várias cidades do Brasil e outros países.

Um dos responsáveis pelo ato é o professor Fabrízio Meller da Silva, doutor em Administração e coordenador do curso de Administração Pública (EAD) na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ele nos explica que não se pode tratar a recomendação da vacina da Covid-19 em relação às outras vacinas que já estão no Plano Nacional de Imunização: “As vacinas que as mães e pais já conhecem tiveram um longo período de estudos de observação. Geralmente as vacinas passam por três etapas, sendo fase 1, 2 e 3 e a última fase é a da pulverização em massa da vacina e essa fase 3 não foi concretizada. Ela está sendo realizada de modo emergencial, de maneira simultânea junto à população, que pode ser considerada um estudo experimental, uma parte da etapa 3”, informou.

Segundo o professor, quanto à vacinação da Covid-19 para crianças não necessitaria ser obrigatória, pois não há alta internação ou colapso do sistema de saúde para esse grupo e a relação de malefícios e benefícios da vacinação infantil ainda não está clara. “Não é um evento contra a vacina, pois elas reduzem casos graves e fatalidades, mas elas não precisam ser obrigatórias, visto que as pessoas precisam ter liberdade de escolha, porque são vacinas aprovadas em condição de emergência”, completou.

 

Miocardite versus vacina

De acordo com o secretário de Saúde de Maringá, Marcelo Puzzi, médico cardiologista, é importante ressaltar que todas as medicações que são liberadas pela Anvisa passam por um critério técnico, pesquisas e avaliações científicas, para analisar seus maiores benefícios em relação aos possíveis malefícios. “Toda vez que é liberado um medicamento ou vacina algum efeito colateral pode existir, por exemplo uma dor local no braço, uma febrícula, ou uma reação adversa menor pode acontecer no paciente”, disse.

Em relação à vacina da Covid-19 para crianças, o secretário esclarece: “Essa não é uma vacina experimental, não é uma vacina nova. Estamos vivendo hoje em 2022, essa vacina foi desenvolvida há três anos, e nos Estados Unidos e Europa mais de 2 milhões de pessoas já tomaram e vacina”, reforçou. Segundo ele, o risco de miocardite (inflamação do músculo do coração) após tomar a vacina da Covid-19 é muito pequeno. “Tanto que qualquer vacina pode causar miocardite ou até mesmo uma infecção viral como uma dor de garganta, gripe, reação à picada de inseto, e pode haver uma reação cruzada e atingir outros órgãos. Isso ocorre com pacientes que já tem predisposição. E a vacinação em massa vem para diminuir os riscos graves da doença”, explicou.

“Nesse momento ainda não está sendo pensado a comprovação da vacina contra a Covid-19 nas escolas, mas é importante dizer aos pais e responsáveis que quanto mais crianças vacinadas menor a chance de contrair a doença no retorno às aulas, pois a educação é tão importante quanto à saúde”, completou.

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