Afinado com a realidade paranaense, Maringá tem maioria formada por católicos e evangélicos, conforme os dados mais recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira, 6 junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na consulta da reportagem, 59,27% da população maringaense é formada por adeptos da Igreja Católica Apostólica Romana. Já de igrejas evangélicas, são 27,89%. Espíritas, 1,54%; umbanda e candomblé, 0,38%; sem religião, 6,86%; e outras religiosidades, 4,02%.
Na amostragem por sexo, as mulheres são maioria entre os católicos, com 52,54%; e homens, 47,46%. Entre os evangélicos, 55,46% são do público feminino; contra 44,54%, masculino. Já nos sem religião, ocorre uma inversão: domínio de homens (58,68%); depois, mulheres (41,32%).
Por fim, no quesito alfabetização, a diferença é pequena entre as religiões: 98,03% de católicos alfabetizados; 97,87% evangélicos; e 98,87% sem religião.
Paraná
Com quase 6,3 milhões de fiéis, a igreja católica continua sendo a religião com mais adeptos no Paraná. O número representa cerca de 63% da população acima de 10 anos residente no Estado – acima da média nacional, de 56,7% – segundo o Censo Demográfico 2022.
Apesar de ainda ser a religião da maioria dos paranaenses, a proporção de católicos registrou uma redução em relação ao Censo de 2010, período no qual houve uma ascensão no número de evangélicos no Estado. No intervalo entre os dois recenseamentos, o número total de católicos permaneceu praticamente estável, em 6,3 milhões, o que em termos populacionais equivalia a 70,6% da população há 15 anos.
O número de fiéis que seguem qualquer corrente da igreja evangélica passou de 1,9 milhão em 2010 para 2,6 milhões em 2022, passando de 21,2% para 26,1% dos paranaenses com 10 anos ou mais.
As mulheres, que formam a maioria da população paranaense, também representam a maior amostragem entre o total de católicos, com 3,2 milhões de adeptas, contra 3,1 milhões entre os homens. A situação se repete entre os evangélicos, sendo 1,4 milhão de mulheres e 1,2 milhão de homens que seguem esta religião no Estado.
Entre 2010 e 2022, também cresceu o número de pessoas que não possuem religião no Paraná. No Censo anterior, elas eram aproximadamente 417 mil, o equivalente a 4,6% da população estadual com mais de 10 anos, quantidade que chegou a 603 mil no Censo mais recente, 6% do total deste recorte populacional. Ao contrário dos cristãos, porém, os homens representam a maioria dos que não possuem religião: 343 mil, ante 260 mil mulheres.
Entre os paranaenses, também há 104 mil espíritas, o que equivale a 1% da população, em nível proporcionalmente estável desde 2010, quando eram 93 mil. Os umbandistas e candomblecistas eram 7,6 mil há 15 anos, passando para 58,5 mil no último recenseamento demográfico. Também houve um crescimento de fiéis de outras religiões no período, de 188,6 mil (2,1%) para 319,2 mil (3,2%). Outras 3,6 mil pessoas residentes no Estado responderam que seguem as tradições indígenas.
Brasil
O catolicismo apostólico romano, que em 2010 concentrava 65,1% (105,4 milhões) da população brasileira de 10 anos ou mais, passou a representar 56,7% (100,2 milhões) em 2022, uma redução de 8,4 pontos percentuais (p.p.). Por outro lado, observou-se o aumento de 5,2 p.p. na proporção de evangélicos, passando de 21,6% em 2010 (35 milhões) para 26,9% em 2022 (47,4 milhões).
A proporção de pessoas que se declararam sem religião teve um aumento de 1,3 p.p. entre 2010 e 2022, passando de 7,9% para 9,3%. Também houve aumento nas religiões de umbanda e candomblé (de 0,3 % em 2010 para 1,0%, em 2022) e outras religiosidades (de 2,7% para 4,0%). Houve pequeno declínio na religião espírita (de 2,2% para 1,8%). As religiosidades de tradições indígenas representaram 0,1% das declarações.
Sobre a pesquisa
Chamada oficial de Censo Demográfico 2022: Religiões: Resultados preliminares da amostra, a pesquisa do IBGE traça o perfil religioso da população residente no Brasil com base nas informações provenientes do Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2022.
Os resultados estão disponíveis em nível nacional, regional, estadual e municipal, além de recortes por cor ou raça, sexo, grupos de idade, taxa de alfabetização, nível de instrução e características dos moradores. Os dados completos podem ser visualizados no Sidra, o Banco de Dados do IBGE.